sexta-feira, abril 28, 2006

Introspecção !

Sou o momento, a alma, o ser...
Momento que termina e me faz sofrer, desejando o próximo, como um slide de sensações e vivências. Sinto-me o tempo, a unidade do mesmo, o desejo e a vontade rastejantes de me esgueirar perante cenários de vida, como a serpente que habilmente se move e nos amedronta.
O viver pulsante dos pesadelos encontra-se comigo, assustando e prendendo a um solo de ardor e sofrimento, como as sombras que me acompanham e se desvanecem com a luz tórrida do meu corpo. Uma secreta promessa de partida, abrilhanta-me o olhar, ilumina-me o caminho e a árida travessia diante de mim, permitindo e deixando que o faça uma só vez no meu interior, no meu íntimo, no meu crer...
No sono da vida jaz o acordar da morte, sempre presente, sempre distante e onde a nossa comparência, assiduidade e presença se mantêm intactas e invulneráveis.
Sinto-me o momento, a alma, o ser que não deixa que se acabe em vão, buscando o prazer e o deleite da vida, sentindo cada vez mais o aliar da imortalidade e da esperança num viver muito para lá do corpo. Aqueles vagamente esquecidos, estarão comigo, encarnando-se em mim, penetrando-me e fazendo com que os seus espirítos viajem incessantemente no corpo que me dá forma, procurando enraizar-se num qualquer outro modelo que os faça fazer sentir vivos e inextinguíveis...
Como um correr apressado de águas turbilhantes, como um vento ensurdecedor de ameaça e revolta, sou o momento e o ser que se ergue do sono e procura no acordar a elevação espiritual que tanto necessita para alcançar a vida eterna.
Para lá de tudo... viverei !

2 comentários:

Anónimo disse...

N deixo-te um beijo grande grande do tamanho do "sentimento" . So tenho uns minutinhos para passar por ca´, ainda bem que ja escreveste, pois sp via o post antigo ...;)) O meu horario de trab e complicado, mas espero ter um tempinho para falarmos, tlv na prox semana. Beiju grandeee***

Ludmila disse...

...
"Eu queria ser o Mar de altivo porte
Que ri e canta, a vastidão imensa!
Eu queria ser a Pedra que não pensa,
A pedra do caminho, rude e forte!

Eu queria ser o Sol, a luz intensa (...)"

Tu és muito..