sexta-feira, setembro 22, 2006

Marionetas !

Escolhas…
Por vezes demasiado longas, renitentes ou impossíveis de satisfazer no imediato.
Páro para pensar, ouvindo a voz que emerge do meu interior e lentamente me diz para ceder ao que realmente não tenho de concreto.
Levo-me pela tentação, pelo fácil e estreito, talvez pela admiração do meu tempo de espera onde o caminho afinal, é bem mais simples do que parece.
Receio o erro, o engano e uma falsa estratégia, onde um mínimo desvio me poderá perder para sempre, deixando á deriva pela turbulência dos mares e vetado ao abandono como conchas vazias e ancoradas.
Talvez seja mais difícil do que parece, quando estagno e me conto a mim mesmo que as esperanças e os sonhos serão sempre meus, apenas se lhes der o que tanto deles espero.
Parece uma venda, uma troca barata de qualquer bem de consumo, onde os meus objectivos parecem uma propaganda apelativa aos meus olhos, sendo que afinal, mais do que eles, sou eu que aos poucos me vendo e entrego á preguiça do mundo.Oiço uma voz interior, semelhante a um grito de revolta, abrindo-me os olhos e fazendo-me crer que não sou apenas mais um de tantos outros, mas o primeiro de mim próprio.
Posso viver a mentira, o engano e a desonra, ser apenas aquilo que vês, não podendo recusar recompensas, alimentar-me de poder, de ganância e prazer, embora consciente que é a alma que vendo, violo e martirizo, apenas por uma questão de lucro momentâneo e de satisfação pessoal.
Afinal, o que apenas posso, é acreditar que nada poderei fazer e aceitar regras, ordens e pedidos…
Acordo com a prova dada que nasci para liderar o meu caminho, mas não passo de um mero fantoche que se perde em atalhos estrategicamente colocados para seguir o mesmo trilho de tantos outros…