sexta-feira, maio 18, 2007

Pavios!

Na tarde mais distante de um dia tardio, esperava que a vida nascesse, amasse e findasse, vivendo de um sono calmo, secreto e tranquilo, espreguiçando a saudade e os pesadelos que morriam de difícil verdade e complexo sentido...
O olhar enternecido pelo lamento, atrasado no beijo de um suspiro retardante, sugava-me o foco de uma luz fraca de aparência e palpitar cambaleante, desunido no ardor do momento e aguardando por um tempo que por pouco vestia, unido na comunhão de um prazo, que lentamenta sufoca e aos poucos, contagia...
Mantendo no luar o sol de um calor iluminado, absorvo a alquimia desta estranha magia, casando as estrelas com os astros em completa harmonia, vivendo de feixes de verdade, tal qual uma vida, abandonando o pó e as impurezas gastas, por longos ventos de investida. Casando noite com o dia, na mais bela aura do sentimento, adormecendo silêncios nocturnos, com soturnos momentos, vivendo cruzado de aromas e cheiros de um ar consumido, nascido e usado por força de um sopro corroído...
Sinto os instantes, ardendo no fogo que a madeira consome, virado do avesso, como um mundo azíago de miséria e fome, doendo de um ardor perfurante e gasto pela sorte, onde a noite se veste, escurece e aos poucos se absorve...
Que a tarde distante do meu dia tardio, alimente a manhã da minha noite e a noite do meu dia, consumindo a madrugada tal como um pavio, onde me acabo, termino e facilmente me findo...

1 comentário:

Unknown disse...

Ola Nuno, vim deixar-te um bjinho,
Voltarei para comentar,
Papoila Sonhadora,