segunda-feira, junho 11, 2007

Términus...
Eis-me chegado ao fim do meu percurso...
Amei de coração um trajecto iniciado há alguns anos, pleno de sentimento, repleto de coração e preenchido com uma presença mais ou menos assídua, sempre com o desejo e a vontade de aqui voltar, de aqui parar um pouco o tempo e de aqui me permitir encontrar com as dúvidas, com os lamentos e com tudo aquilo que desejava alcançar.
Aqui sorri, permiti que a pulsação acelerasse ao sabor da mente, despertasse sentidos, suando e transparecendo tudo o que sou, num simples mas intencional conjunto de palavras e caracteres. Sorri de satisfação quando senti cada frase em harmonia com o meu sentir, chorei quando a necessidade de dizer algo mais bloqueava, limitando a minha súplica e o simples desabafo...
A inspiração, essa, vertia em cada recanto da minha vida, encontrando-a em pensamentos, em experiências, em melodias, em ambientes perfeitos para a relatar, tomando notas, usando mnemónicas e cábulas mentais para mais tarde debitar em simples textos e palavras, tudo o que me permitia sentir, saborear e viver...
A pele de actor solitário, usando apenas a escrita como tela de representação, vestia-a a todo o momento, encarnando o espírito dos dizeres, das ideias, quase como que viajando sem rumo, sem trajecto, sem nexo, mas pleno de realismo e convicção. Saudade? Talvez terei...
Quiçá, possa voltar um dia, quando abraçar novos projectos, novas ideias e com tudo o que isso envolve, poder sentir a necessidade de me expandir, de voltar a querer gritar bem alto o que me mova, o que pense, o que deseje sorrir e chorar, tentando encontrar novas respostas para as constantes e contagiantes dúvidas que me sufoquem e apertem...
No fundo, a maior felicidade além dos simpáticos comentários, pedidos pessoais e agradecimentos, foi mesmo ter dado o passo para algo que de tão simples, terá sido um complexo mas apetecível desafio. Fi-lo por mim, apenas para mim, tendo a saborosa gratificação das críticas construtivas que ao longo do tempo, todos foram deixando. Aprendi que a morte e o epílogo das coisas, não será necessariamente um fim. Acredito que a partir daí, o começo de algo será mais forte, mais intenso e sem dúvida bastante mais proveitoso. Apesar das lágrimas que teimosamente tentam verter neste momento dos meus olhos, peço-vos que exista sempre em vós, o mesmo amor, paixão e sinceridade que aqui sempre derramei... Obrigado por tudo.
Até sempre!

3 comentários:

Unknown disse...

Que o Sempre seja o momento presente, sentidos que se escapam como graos de areia... Sempre e muito tempo. Sera? Lanço-te um enorme desafio:
Novo post num outro Blog, novo, sobre "A Imortalidade do Ser e do Sentir". Es capaz. Parabens e um doce bjinho,
Papoila Sonhadora,

Anónimo disse...

pk vais partir?pk nao fikas mais tempo?

MIG-L disse...

O tempo é relativo. Mais não é, do que simples períodos de algo, em que dentro de cada um deles nos permitimos fazer, executar ou realizar as mais variadas tarefas. Infelizmente, não é palpável, não se agrarra, não se prende, não se alcança... Obrigado pelo comentário, pelas questões...