Dentro da noite me encontro, tentando alcançar avidamente os propósitos da paixão que tanto me envolve e alimenta.
Remeto-me à suavidade do meu trajecto, crescendo com o objectivo do romance, do amor que aqui procuro, deste complexo preenchimento que tanta falta me faz… Talvez seja utopia ou algo semelhante… Talvez seja este não existir e esta estúpida crença que ainda me fazem acreditar num algo que muito sinceramente nem eu sei. Creio que apesar de tudo, me alimento numa sede ilíquida de tentar transformar tudo aquilo que sinto, num vasto banquete de minorias e de parca satisfação.
Apaixono-me visualmente pela gente bonita com quem me cruzo, danço freneticamente numa loucura desmedida e irracional como se em sonhos acordasse...
Remeto-me à suavidade do meu trajecto, crescendo com o objectivo do romance, do amor que aqui procuro, deste complexo preenchimento que tanta falta me faz… Talvez seja utopia ou algo semelhante… Talvez seja este não existir e esta estúpida crença que ainda me fazem acreditar num algo que muito sinceramente nem eu sei. Creio que apesar de tudo, me alimento numa sede ilíquida de tentar transformar tudo aquilo que sinto, num vasto banquete de minorias e de parca satisfação.
Apaixono-me visualmente pela gente bonita com quem me cruzo, danço freneticamente numa loucura desmedida e irracional como se em sonhos acordasse...
Sabe-me estupidamente bem este acto de involuntária demência, ainda que propositada, ainda que consciente. Enamoro-me vezes sem conta pelo egoísmo que me molda, pelo egotismo que me reveste, pelo egocentrismo com que me apresento. No final de contas e analisando a minha noite, humildemente reconheço que em nada me encontrei e no nada do que fui, o terei pretendido.
Por um escape a uma vida demasiadamente rotineira, alheei-me do meu ser, vestindo cobardemente a pele de um outro alguém com que jamais me identificarei. O porquê de o ter feito, ainda me rebate e atormenta, angustia-me, aflige-me, martiriza-me…
Talvez o verdadeiro problema não tivesse sido propriamente a minha noite, aqueles instantes, o meu momento… Consciencializo-me que terá sido o lento e agoniante acordar do dia seguinte.
Por um escape a uma vida demasiadamente rotineira, alheei-me do meu ser, vestindo cobardemente a pele de um outro alguém com que jamais me identificarei. O porquê de o ter feito, ainda me rebate e atormenta, angustia-me, aflige-me, martiriza-me…
Talvez o verdadeiro problema não tivesse sido propriamente a minha noite, aqueles instantes, o meu momento… Consciencializo-me que terá sido o lento e agoniante acordar do dia seguinte.
Basicamente terá sido isso mesmo... O tudo aquilo que me terá feito abrir o olhos para olhar para dentro do que terei visto e assimilado. Curiosa a inocência que se ganha em momentos de exaltação, perante o contraste da consciência nos instantes de meditação.
Afinal, foi apenas uma noite… Uma tão curta e agradável noite.
Afinal, foi apenas uma noite… Uma tão curta e agradável noite.