domingo, fevereiro 07, 2010

Abrigos…

Neste meu único e complexo espaço, encontro amparo, protecção e refúgio. Talvez o busque de um modo dissimulado, escondido, envergonhado…
Ouves-me quando to peço e por ele anseio, sem o querer dar a conhecer?
Acredita que não é dos melhores sentimentos, conseguir viver alicerçado sob o peso de uma culpa por algo dito, de um todo que em nada foi correcto.
Remediar jamais será solução, embora a tentativa de amenizar o erro permaneça latente em cada nova atitude. Irremediavelmente, tudo compenso sem qualquer nexo, vínculo ou validez de processos, ainda que em quaisquer circunstâncias, as mesmas me pareçam favoráveis.
O embaraço com que caminho e me movo, incomoda-me, reveste-me de desonra como se de cristal fosse feito. A sensação de fragilidade com que me deixo acomodar, inquieta-me, afunda-me e não me permite soltar.
Conseguirás voltar a ensinar-me o poder de respirar, de soprar e absorver brandamente, expelindo e aspirando bastante mais do que o simples ar que me oxigena e permite viver?
Preciso de me reencontrar, atingindo a impressão moral do que é estar vivo, consciente e alertado a tudo o que me rodeia. Quando o fizer, serei o reflexo natural do que me trouxeres, esgrimindo com total exactidão, cada singelo pedaço que de ti vier a receber.
Serás capaz?

terça-feira, fevereiro 02, 2010

Guardiões!

Sinto a tua presença desde sempre...
Por vezes um tanto física, tantas outras, emocional, espiritual, mas presente. Quem és tu com quem sempre falei no vazio da minha solitária vida, sem medo ou receio de me apelidarem de louco? No fundo, talvez seja...
Os anos passam e não me abandonas. Talvez um saudável preenchimento criado pela minha imaginação, quiçá enviado por algo que me guarda e protege.... Não sei!
Hoje, ainda hoje falei contigo uma vez mais. Sempre em busca de conselhos, soluções, alternativas a encruzilhadas com que me deparo e que sozinho não resolvo. Serás Deus, o tal Deus que existe e que vive em cada um de nós, ou não passarás mais uma vez, de algo irreal que ao longo da minha insignificante existência, fiz questão de alimentar?
Talvez nada sejas e não passes de algo a que o comum dos mortais apelida de fé. Contudo, sejas o meu anjo da guarda, a minha fé, o meu Deus ou o meu amigo, como em miúdo assim te via, por aqui te manténs e comigo permaneces. Nada se alterou ao longo do nosso tempo.
Benzo-me e sorrio quando com a tua ajuda, algo me corre bem. Esqueço-te por vezes, quando nada me surge como pretendo e me desaba como se parecesse o fim do mundo. Não me censures ou castigues. Faço-o como todos, faz parte de mim...
Curioso ainda assim, é a contínua e incessante necessidade de te sentir por perto. O pensamento flui-me e é deste modo que te chamo. Depressa me alcanças, embalas e proteges. Fazes-me bem!
Louco? Talvez... Mesmo que o seja, que permaneça como segredo. Sempre nosso e ao longo do tempo. Que perdure, para lá do mesmo!