Números...
Mil passarás, a dois mil não chegarás...
Foi esta a permissa que desde muito miúdo me habituei a ouvir. Corriam as fantásticos anos 80 e escutar os cépticos, os crentes de antigas profecias e até mesmo os fanáticos do catolicismo, fizeram com que muitas vezes me interrogasse sobre a suposta forma do final do mundo. Cresci com milhentes ideias, alimentadas por gente receosa, inculta e tantas vezes arrastadas por uma moral que surge em debandada e leva tudo o que consegue alcançar. Contudo, o meu medo nunca foi de um términus mais ou menos doloroso, mas sim de uma ansiedade que se apoderasse um pouco de cada mente e a retesse estática, deixando-a ao sabor de qualquer coisa que nunca saberia ao certo o que realmente pudesse ser. Talvez por isso e desde cedo alimentasse a ideia de encontrar o novo milénio fora de um local normal, procurando algo diferente, algo denso, permitindo-me assim, observar atentamente o passar do tempo.
Fi-lo fora do país, sabendo de antemão que o oriente alcançaria um número tantas vezes receado, muito primeiro que eu. Nada de estrondoso ou de muito diferente. Foi apenas uma marca... Marca essa que estou também aqui, prestes a alcançar. Não em anos, mas em número de simpáticas visitas. Nunca foi meu intento publicitar um canto escondido na mente de homem que a espaços se solta, mas sim ter o secreto desejo de vestir uma pele obscura, retratando o mais possível e com a máxima precisão do real.
Um de vós alcançará um número enigmático... Agradeço por isso.
sábado, janeiro 27, 2007
quinta-feira, janeiro 25, 2007
Solos sagrados!
Piso-te a entrada através de uma escadaria densa, polida e tremendamente gasta...
Cada pedra conta um conto, uma passagem, uma história de lendas, de fantasias, de realidades e ficção. A arte mistura o gótico com o sagrado, a escuridão com pequenos laivos de luz, o tenebroso com o obscuro... Amedrontas, mas reconfortas! Em ti peço perdão, orando, crendo na ressureição, na redenção do pecado, na constante busca de uma salvação proeminente e de contornos desconhecidos. Alimentas-me a crença pela paz de espírito, pelo desejo de uma vida objectivada de princípios morais e valores espirituais correctos. Sinto-me bem em ti, ainda que me assustes. Que a alma de cada um, habite num só corpo... Que vá ao teu encontro em cada lugar santo. Na morte, também virei aqui!
Piso-te a entrada através de uma escadaria densa, polida e tremendamente gasta...
Cada pedra conta um conto, uma passagem, uma história de lendas, de fantasias, de realidades e ficção. A arte mistura o gótico com o sagrado, a escuridão com pequenos laivos de luz, o tenebroso com o obscuro... Amedrontas, mas reconfortas! Em ti peço perdão, orando, crendo na ressureição, na redenção do pecado, na constante busca de uma salvação proeminente e de contornos desconhecidos. Alimentas-me a crença pela paz de espírito, pelo desejo de uma vida objectivada de princípios morais e valores espirituais correctos. Sinto-me bem em ti, ainda que me assustes. Que a alma de cada um, habite num só corpo... Que vá ao teu encontro em cada lugar santo. Na morte, também virei aqui!
segunda-feira, janeiro 15, 2007
Encaixes!
Na aura da vida jaz a sorte, aguarda-se pela morte, enfrenta-se o desconhecido...
Alimenta-se o medo, reforça-se a coragem, desmente-se o sossego, assegura-se a tranquilidade...
A hora tardia em que me carrego e transbordo, faz-me pensar, ousar em agir, raciocinar... O conjunto de frases flui, o pensamento aos poucos, faz por se denegrir.
Em cada momento, uma interrogação, uma inquietude... Tudo faz sentido, nada terá significado.
Assustador, polivalente e ambíguo... Nada é o que parece ser. A razão das tarefas, o objectivo das acções e o concreto das atitudes, desmembra-se entre notáveis vitórias, contrastando com a derrota em prejuízo doutrem. Insano? Não!
Apenas uma visão lata e mais abrangente dos princípios activos de um cosmos mais ou menos perfeito e por explorar em pleno. Tudo se molda, tudo se encaixa... Nada fica retido em igualdades circunstânciais... Na aura da vida, vive-se da sorte, aproxima-se a morte... Ver-nos-emos no desconhecido !
Na aura da vida jaz a sorte, aguarda-se pela morte, enfrenta-se o desconhecido...
Alimenta-se o medo, reforça-se a coragem, desmente-se o sossego, assegura-se a tranquilidade...
A hora tardia em que me carrego e transbordo, faz-me pensar, ousar em agir, raciocinar... O conjunto de frases flui, o pensamento aos poucos, faz por se denegrir.
Em cada momento, uma interrogação, uma inquietude... Tudo faz sentido, nada terá significado.
Assustador, polivalente e ambíguo... Nada é o que parece ser. A razão das tarefas, o objectivo das acções e o concreto das atitudes, desmembra-se entre notáveis vitórias, contrastando com a derrota em prejuízo doutrem. Insano? Não!
Apenas uma visão lata e mais abrangente dos princípios activos de um cosmos mais ou menos perfeito e por explorar em pleno. Tudo se molda, tudo se encaixa... Nada fica retido em igualdades circunstânciais... Na aura da vida, vive-se da sorte, aproxima-se a morte... Ver-nos-emos no desconhecido !
Sangue-vivo!
Sangue do meu sangue, cujo suor por ti se entranha, esbate e dissolve, como que absorvido e desfeito através do pulsar do tempo...
Provo-te quente, saboreio-te em cada papila, degustando e alimentando a sedenta forma de mim, do meu corpo, do meu ser interior...
Diferente e atroz a ferida acidental... Corte profundo, cuja incidência liberta o fluído da vida, soltando ardor e dormência, mas incapaz de magoar por dentro, de deixar marca vincada, ainda que por cicatrizes visíveis, se faça notar.
Sangue do meu sangue, conta-me em que artérias viajas, em que veias te situas, dizendo-me baixinho o real curso do tempo, do infinito e em que circunstâncias te perderás um dia...
Sangue do meu sangue, jorra como lágrimas, alimentando o chão com a pureza camuflada, mostrando à terra o coração que te movimenta, preparando-a para o repouso eterno...
Sangue do meu sangue... vive-me para contar!
Sangue do meu sangue, cujo suor por ti se entranha, esbate e dissolve, como que absorvido e desfeito através do pulsar do tempo...
Provo-te quente, saboreio-te em cada papila, degustando e alimentando a sedenta forma de mim, do meu corpo, do meu ser interior...
Diferente e atroz a ferida acidental... Corte profundo, cuja incidência liberta o fluído da vida, soltando ardor e dormência, mas incapaz de magoar por dentro, de deixar marca vincada, ainda que por cicatrizes visíveis, se faça notar.
Sangue do meu sangue, conta-me em que artérias viajas, em que veias te situas, dizendo-me baixinho o real curso do tempo, do infinito e em que circunstâncias te perderás um dia...
Sangue do meu sangue, jorra como lágrimas, alimentando o chão com a pureza camuflada, mostrando à terra o coração que te movimenta, preparando-a para o repouso eterno...
Sangue do meu sangue... vive-me para contar!
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