Guerreiros !
Desafiando e partindo de encontro à tempestade, ainda com a tranquilidade do tempo, partamos sem receio ou temor do tenebroso caminho que se nos apresenta. Percorramos os mesmos sulcos de pedra e de obstáculos, por onde centenas de homens lado a lado, sentiram os ventos soprarem fortes e devastadores. Da mesma forma prosseguiram, resguardados pela fé e pela crença de um destino radioso, iluminado e tranquilizador.
Através do nevoeiro que nos engole, com armaduras vestidas de coragem e ousadia, procuremos alcançar o términus, e ver por que trilhos andaram estas gentes, estes conquistadores de um tempo actual, bem diferente das batalhas de outrora e que mesmo assim venceram, destruindo inimigos tantas vezes frágeis e apenas psicologicamente ameaçadores.
Na pluviosidade facial que nos inunda o corpo, na névoa que nos oculta as mãos, no terreno movediço que nos faz escorregar e tenta engolir, lutemos bravamente para sairmos vitoriosos, buscando o êxito e o galardão final, como a tão almejada recompensa que tanto nos irá preencher e atestar. Jamais nos entreguemos de ânimo leve ou nos rendamos apenas por um conjunto de impurezas, de uns quantos galhos espalhados diante de nós ou mesmo por uns mercenários de elite, que tantas vezes nos pisam e fazem de nós um degrau sujo mas conveniente para subir.
Manter-nos-emos fortes, audazes e esguios para fugir de obstáculos, nas batalhas ou barreiras finais que surgem incessantemente...
Seremos novamente guerreiros, regressados com um poderio maior e mais ameaçador, com espadas em riste, escudos de protecção cada vez mais pequenos mas resistentes, sem sangue por derramar ou carne disposta a ser trespassada de ânimo leve. Completemos o desafio, provocando o confronto com vencedores de outras direcções e permanecendo tranquilos em pódios muito próprios.
Regressados a casa, vencedores, aguardam-nos as honras pelos objectivos conseguidos. Façamos no brinde da vitória, a sentida homenagem e respeito a todos aqueles que perderam pelo caminho e que pelos mesmos propósitos, lutaram bravamente sem infelizmente, o conseguirem.
Orgulho sempre, pelo que somos, pelo que conseguimos, mantendo a humildade dos verdadeiros guerreiros, que nunca se entregam e olham para os menos fortes, com o mesmo respeito que sentimos por nós próprios...
terça-feira, março 21, 2006
terça-feira, março 14, 2006
Pazer súbito !
A ti te dispo, a ti te desejo, a ti te adoro...
Imagino-me em vastos e longínquos cenários, descobrindo e desvendando em cada um deles, novas formas de aventura, de excitação e de prazer. Recebo-te em cada cena, esperando-te e permitindo que os acontecimentos se desenrolem e nos envolvam, tomando parte de nós, possuíndo-nos e deixando que o prazer físico nos contenha.
Espero por ti, vejo-te chegar de olhar penetrante, andar apaixonado e seguindo na minha direcção. Recebo-te de braços abertos, de lábios quentes e derretidos, mantendo também eu, um olhar de expectactiva e de sofreguidão. Abraço-te, percorro-te cada forma do teu corpo, deixando-me levar e permitindo-me sentir, saciando a oportunidade que me é concedida.
O beijo aterrador e o toque lento mas directo, despem-me de preconceitos e deixam a nú, a minha frágil parte física que me reveste e dá forma. O silêncio a ambos consome, permitindo leves guinchos de som agudo e inarticulado. O suspiro e a excitação sobem de tom, mantendo viva a respiração ofegante, que os nossos corpos teimam em produzir. As vestes que nos cobrem caem por terra, deixando o odor corporal pairar pelo espaço e fazendo com que nos ambientemos cada vez mais a uma outra pele quente e aromatizada. O consumo a que nos propomos, é deveras carnal, selvagem e directo mas sempre contemplando um nível de ardente sedução e entrega, que em nada nos intimida, proibe ou envergonha. Fluímos energias, fluxos de poder e vigor. A firmeza em nós habita, permitindo que nos sintamos em condições de produzir actos de perfeita sintonia e desempenhando simplesmente, um papel secundário nesta forma de amar. O epílogo, nada mais é que uma castração incoerente da acção por nós encetada. Talvez seja o lento desejo por recomeçar, uma sensível intuição com traços de prazer ou blasfémia por um prazer sexual, tantas vezes incompreendido. Sintamo-lo apenas, vezes sem conta e recomeçando a cada novo momento... A mim me despes, a mim me desejas, a mim me adoras...
A ti te dispo, a ti te desejo, a ti te adoro...
Imagino-me em vastos e longínquos cenários, descobrindo e desvendando em cada um deles, novas formas de aventura, de excitação e de prazer. Recebo-te em cada cena, esperando-te e permitindo que os acontecimentos se desenrolem e nos envolvam, tomando parte de nós, possuíndo-nos e deixando que o prazer físico nos contenha.
Espero por ti, vejo-te chegar de olhar penetrante, andar apaixonado e seguindo na minha direcção. Recebo-te de braços abertos, de lábios quentes e derretidos, mantendo também eu, um olhar de expectactiva e de sofreguidão. Abraço-te, percorro-te cada forma do teu corpo, deixando-me levar e permitindo-me sentir, saciando a oportunidade que me é concedida.
O beijo aterrador e o toque lento mas directo, despem-me de preconceitos e deixam a nú, a minha frágil parte física que me reveste e dá forma. O silêncio a ambos consome, permitindo leves guinchos de som agudo e inarticulado. O suspiro e a excitação sobem de tom, mantendo viva a respiração ofegante, que os nossos corpos teimam em produzir. As vestes que nos cobrem caem por terra, deixando o odor corporal pairar pelo espaço e fazendo com que nos ambientemos cada vez mais a uma outra pele quente e aromatizada. O consumo a que nos propomos, é deveras carnal, selvagem e directo mas sempre contemplando um nível de ardente sedução e entrega, que em nada nos intimida, proibe ou envergonha. Fluímos energias, fluxos de poder e vigor. A firmeza em nós habita, permitindo que nos sintamos em condições de produzir actos de perfeita sintonia e desempenhando simplesmente, um papel secundário nesta forma de amar. O epílogo, nada mais é que uma castração incoerente da acção por nós encetada. Talvez seja o lento desejo por recomeçar, uma sensível intuição com traços de prazer ou blasfémia por um prazer sexual, tantas vezes incompreendido. Sintamo-lo apenas, vezes sem conta e recomeçando a cada novo momento... A mim me despes, a mim me desejas, a mim me adoras...
sexta-feira, março 10, 2006
Segredo Obscuro !
O Sol parece desintegrar-se como uma chama distante, contra os Céus...
Além da tenebrosa neblina que os reveste e disfarça, situa-se uma verdade encoberta.
Parece uma espécie de reino ainda por desvendar, cujos ocultos e eficazes poderes, amedrontam e fazem acautelar o comum dos mortais. Ainda é demasiado cedo, para que se ouse ir mais além.
Sentença designada, por uma força do desconhecido, a resposta não andará muito distante do nosso espírito, onde nos perguntamos incessantemente sobre o que estará naquele lugar, observando e registando apenas, pequenas circunstâncias deste lado visível.
Passados uma vez para lá do horizonte, selados no seu interior, intocáveis e seguros, encontraremos este segredo escondido, arrumado e inteiramente só. Naquela escuridão vadia e profunda, descobre-se a força, o domínio, a influência e um poder demasiado forte, para se poder controlar levianamente.
Os Céus parecem dividir-se e querer lançar sobre os astros, a ira, a raiva e o furor daquela poderosa e eficaz energia acumulada, aquando do chamamento. Os oprimidos e injustiçados, emergirão da poeira e da densa névoa que nos limita o olhar, trazendo partes do segredo e desse poder, acopladas em si... Os injustos e opressores, acomodar-se-ão no fútil e no vago, permanecendo em silêncio e alojados em recônditas celas de escuridão e desprezo.
Talvez não passem de cobaias ou de seres vitimizados por algo sobrenatural, mas gozam de um estado e de um estatuto, ainda indecifrável numa vida humanamente existente.
Em breve, o saberemos...
O Sol parece desintegrar-se como uma chama distante, contra os Céus...
Além da tenebrosa neblina que os reveste e disfarça, situa-se uma verdade encoberta.
Parece uma espécie de reino ainda por desvendar, cujos ocultos e eficazes poderes, amedrontam e fazem acautelar o comum dos mortais. Ainda é demasiado cedo, para que se ouse ir mais além.
Sentença designada, por uma força do desconhecido, a resposta não andará muito distante do nosso espírito, onde nos perguntamos incessantemente sobre o que estará naquele lugar, observando e registando apenas, pequenas circunstâncias deste lado visível.
Passados uma vez para lá do horizonte, selados no seu interior, intocáveis e seguros, encontraremos este segredo escondido, arrumado e inteiramente só. Naquela escuridão vadia e profunda, descobre-se a força, o domínio, a influência e um poder demasiado forte, para se poder controlar levianamente.
Os Céus parecem dividir-se e querer lançar sobre os astros, a ira, a raiva e o furor daquela poderosa e eficaz energia acumulada, aquando do chamamento. Os oprimidos e injustiçados, emergirão da poeira e da densa névoa que nos limita o olhar, trazendo partes do segredo e desse poder, acopladas em si... Os injustos e opressores, acomodar-se-ão no fútil e no vago, permanecendo em silêncio e alojados em recônditas celas de escuridão e desprezo.
Talvez não passem de cobaias ou de seres vitimizados por algo sobrenatural, mas gozam de um estado e de um estatuto, ainda indecifrável numa vida humanamente existente.
Em breve, o saberemos...
quinta-feira, março 09, 2006
Coma !
Vê através do vazio, a visão da tua existência e diz-me no que reparas e onde fixas o olhar. Talvez um sonho, em que acreditas estar a vida que não consegues ver, ou algo que exista e não o consigas ser...
Acordarás, mas não para um sonho... Talvez, para uma fantástica aparição ou aproximação do real que tanto começas a acreditar e a alienar, como um sentimento efectivo semelhante à dor, cuja sombra te acompanha de feição. Não acreditas que te aprisionas, que te sentes irreal, que sofres de um sono demasiadamente pesado que não termina e te faz balançar entre o abismo desconhecido e um precipício descoberto.
Não domines o olhar da tua mente, quando simplesmente essa mesma visão parece ser uma peça chave de outros tempos, acontecimentos ou criações muito próprias e ambíguas. Receia e debate tudo o que sonhas, já que essa mesma ilusão, se poderá encontrar vedada por ti.
A visão que observaste, esse olhar pela mente e pela consciência, acabará inevitavelmente por ser um lado escuro que nunca quiseste ou desejaste e com ele, lentamente te destróis e te deixas arrastar. Contudo, a principal razão de entrares neste sonho, é simplesmente demonstrar-te o que nunca imaginaste poder viver, sentindo a fúria da demência e o poder do sono profundo.
Estarás a salvo enquanto visionares! Reterás internamente o segredo do que viveste, mantendo a experiência sentida nesse túnel de luz, selada bem próximo do teu princípio espiritual.
Lentamente, aprende a despertar desta embriaguês física e teleporta-te novamente para o teu mundo, onde a actividade cerebral volta a registar os contornos de uma vida real. Acorda !
Vê através do vazio, a visão da tua existência e diz-me no que reparas e onde fixas o olhar. Talvez um sonho, em que acreditas estar a vida que não consegues ver, ou algo que exista e não o consigas ser...
Acordarás, mas não para um sonho... Talvez, para uma fantástica aparição ou aproximação do real que tanto começas a acreditar e a alienar, como um sentimento efectivo semelhante à dor, cuja sombra te acompanha de feição. Não acreditas que te aprisionas, que te sentes irreal, que sofres de um sono demasiadamente pesado que não termina e te faz balançar entre o abismo desconhecido e um precipício descoberto.
Não domines o olhar da tua mente, quando simplesmente essa mesma visão parece ser uma peça chave de outros tempos, acontecimentos ou criações muito próprias e ambíguas. Receia e debate tudo o que sonhas, já que essa mesma ilusão, se poderá encontrar vedada por ti.
A visão que observaste, esse olhar pela mente e pela consciência, acabará inevitavelmente por ser um lado escuro que nunca quiseste ou desejaste e com ele, lentamente te destróis e te deixas arrastar. Contudo, a principal razão de entrares neste sonho, é simplesmente demonstrar-te o que nunca imaginaste poder viver, sentindo a fúria da demência e o poder do sono profundo.
Estarás a salvo enquanto visionares! Reterás internamente o segredo do que viveste, mantendo a experiência sentida nesse túnel de luz, selada bem próximo do teu princípio espiritual.
Lentamente, aprende a despertar desta embriaguês física e teleporta-te novamente para o teu mundo, onde a actividade cerebral volta a registar os contornos de uma vida real. Acorda !
terça-feira, março 07, 2006
Sensibilidade.
Parece um crime levar todos os tesouros e fortuna que reuni ao longo dos tempos. Apesar das correntes e do loquete que se perpetuam no meu peito, jamais serei capaz de as quebrar, simplesmente com o intuito de retirar do meu interior tudo o que de mais valioso mantenho.
Ainda que viva em mim uma hipnotizante mancha de reflexão, cuja coloração me confunde e desnorteia, o simples facto dela existir no meu íntimo, faz com que se derreta e se extinga num dourado extraordinário e extremamente precioso.
É a doce futilidade do amor, esse travo amargo que nos é cravado pelo tempo e nos faz tornar nuns estranhos seres, surpreendidos pelo sentimento de afeição e veneração, misturando factos emocionais de atracção e paixão...
Cada lágrima vertida em cada parte do rosto, parece secar no desespero e na dor aquando da perda, da privação, do extravio ou interrupção dessa disposição afectiva a que muito condignamente, apelidamos de amor. Parecemos viver o suficiente, ter a necessária experiência para conviver com as razões, motivos ou argumentos que nos levam a quebrar a singela corda, que sempre nos pareceu tão resistente, sólida e duradoura. Sente-se o fim bem próximo, quase selamos um pacto com a morte, julgando ser apenas ela a nos conseguir trazer as doces e felizes memórias, de um passado demasiado envolvente... Vivem-se horrores assombrosos, parecendo drenar toda força e respiração ofegante que em nós habita e aos poucos se dissipa...
Nada nos resta, nada nos vale... Apenas reside em cada um de nós, a cinza e a poeira, suavemente lavadas por uma qualquer gota de água que ocasionalmente nos pincela e nos extingue. Libertemos o sangue que dói, fere e importuna, mantendo sempre bem vivo e protegido, o coração que nos permite sentir e viver.
Parece um crime levar todos os tesouros e fortuna que reuni ao longo dos tempos. Apesar das correntes e do loquete que se perpetuam no meu peito, jamais serei capaz de as quebrar, simplesmente com o intuito de retirar do meu interior tudo o que de mais valioso mantenho.
Ainda que viva em mim uma hipnotizante mancha de reflexão, cuja coloração me confunde e desnorteia, o simples facto dela existir no meu íntimo, faz com que se derreta e se extinga num dourado extraordinário e extremamente precioso.
É a doce futilidade do amor, esse travo amargo que nos é cravado pelo tempo e nos faz tornar nuns estranhos seres, surpreendidos pelo sentimento de afeição e veneração, misturando factos emocionais de atracção e paixão...
Cada lágrima vertida em cada parte do rosto, parece secar no desespero e na dor aquando da perda, da privação, do extravio ou interrupção dessa disposição afectiva a que muito condignamente, apelidamos de amor. Parecemos viver o suficiente, ter a necessária experiência para conviver com as razões, motivos ou argumentos que nos levam a quebrar a singela corda, que sempre nos pareceu tão resistente, sólida e duradoura. Sente-se o fim bem próximo, quase selamos um pacto com a morte, julgando ser apenas ela a nos conseguir trazer as doces e felizes memórias, de um passado demasiado envolvente... Vivem-se horrores assombrosos, parecendo drenar toda força e respiração ofegante que em nós habita e aos poucos se dissipa...
Nada nos resta, nada nos vale... Apenas reside em cada um de nós, a cinza e a poeira, suavemente lavadas por uma qualquer gota de água que ocasionalmente nos pincela e nos extingue. Libertemos o sangue que dói, fere e importuna, mantendo sempre bem vivo e protegido, o coração que nos permite sentir e viver.
Contusões...
Será que nunca foste ter com o mundo lá fora, receando o que te espera?
Sinto o mundo demasiado perigoso para te ver sozinha e abandonada por aí... Creio ser e poder ter o crédito necessário para não te deixar desamparada, nem á mercê das intempéries que por aí se povoam, aguardando-nos sedentas dos nossos corpos miseráveis e esguios.
Ambos sabemos que nem tudo é resposta, nem tudo são questões ou dúvidas, devido ao medo e à raiva que se aproxima num largo passo e nos faz culpar por vezes, as próprias vicissitudes dos acontecimentos. A quem magoamos nós, já sangrando em abundância pelas batalhas mal conseguidas?
Também me pergunto, porque será que o mundo exterior e diante de nós é negro e perigoso, contrastando com as nossas paredes cada vez mais pequenas e sufocantes?
Passo a passo, diariamente, creio não conseguir viver só, nem te deixar fazê-lo.
Olhos perversos, visões espantosas... Sacode as lágrimas, acende um sorriso! Acorda!
Pareces pronta para ir lá fora, respirar a vida, sentir a carne, tocar a pele e deixar que o sangue se verta dentro de ti. Que este viver escondido se interrompa, agora que pareces conseguir um pacto secreto com o teu ser... Paremos de lamentar, sacudamos o choro compulsivo que nos derrubou e nos fez parecer engolidos pela frieza dos dias. A quem magoaremos agora?
Será que nunca foste ter com o mundo lá fora, receando o que te espera?
Sinto o mundo demasiado perigoso para te ver sozinha e abandonada por aí... Creio ser e poder ter o crédito necessário para não te deixar desamparada, nem á mercê das intempéries que por aí se povoam, aguardando-nos sedentas dos nossos corpos miseráveis e esguios.
Ambos sabemos que nem tudo é resposta, nem tudo são questões ou dúvidas, devido ao medo e à raiva que se aproxima num largo passo e nos faz culpar por vezes, as próprias vicissitudes dos acontecimentos. A quem magoamos nós, já sangrando em abundância pelas batalhas mal conseguidas?
Também me pergunto, porque será que o mundo exterior e diante de nós é negro e perigoso, contrastando com as nossas paredes cada vez mais pequenas e sufocantes?
Passo a passo, diariamente, creio não conseguir viver só, nem te deixar fazê-lo.
Olhos perversos, visões espantosas... Sacode as lágrimas, acende um sorriso! Acorda!
Pareces pronta para ir lá fora, respirar a vida, sentir a carne, tocar a pele e deixar que o sangue se verta dentro de ti. Que este viver escondido se interrompa, agora que pareces conseguir um pacto secreto com o teu ser... Paremos de lamentar, sacudamos o choro compulsivo que nos derrubou e nos fez parecer engolidos pela frieza dos dias. A quem magoaremos agora?
segunda-feira, março 06, 2006
Justiça !
Sinto-me cansado...
Talvez dos múltiplos disfarces que visto, tentando através deles apurar a verdade. Contudo, realizo-me e mantenho o compromisso de honra que mantenho diante das minhas mãos ensanguentadas, por nelas mergulhar a mentira, a injúria, a demência e o embuste.
Arrasto-me e rastejo na busca de permissas reais, na exactidão, rigor e precisão de actos meramente correctos, numa glória vã de descobrir o certo e o errado, o correcto e o incorrecto, o exacto e o impreciso... Crescem-me o medo e o receio das respostas por virem, das soluções que julgo serem escrupulosas, decentes e de padrões morais acessíveis.
Grito, rezo e alimento a minha tensão, numa tentativa proporcional de alienar o tempo, aos resultados das análises pedidas. Sinto-me a criança que apressadamente, aguarda pelo seu brinquedo, que se sente arrastar na escuridão, que se diverte na espera e nela vai criando e antevendo ambientes, como que a montar um conjunto de peças, para finalmente o completar com um último bloco. Mantém-se o medo e o pavor dos momentos de vazio, de uma espécie de precipício ou abismo diante de nós, em que um passo nos salva e nos suspira ou nos mata e compromete. Que longa espera...
O tempo assemelha-se a um vento que nos sopra, mostrando-nos o destino, esse poder superior à vontade do homem, que se supõe fixar de maneira irrevogável, o curso dos acontecimentos.
Olho-me como que reflectido por um espelho, vendo lá fora um mundo inteiro por fazer parte, tendo apenas a decisão em mente e um vidro baço que me separa da vida real...
Acordo a cada manhã em sobressalto, até ao dia da decisão...
Sinto-me cansado...
Talvez dos múltiplos disfarces que visto, tentando através deles apurar a verdade. Contudo, realizo-me e mantenho o compromisso de honra que mantenho diante das minhas mãos ensanguentadas, por nelas mergulhar a mentira, a injúria, a demência e o embuste.
Arrasto-me e rastejo na busca de permissas reais, na exactidão, rigor e precisão de actos meramente correctos, numa glória vã de descobrir o certo e o errado, o correcto e o incorrecto, o exacto e o impreciso... Crescem-me o medo e o receio das respostas por virem, das soluções que julgo serem escrupulosas, decentes e de padrões morais acessíveis.
Grito, rezo e alimento a minha tensão, numa tentativa proporcional de alienar o tempo, aos resultados das análises pedidas. Sinto-me a criança que apressadamente, aguarda pelo seu brinquedo, que se sente arrastar na escuridão, que se diverte na espera e nela vai criando e antevendo ambientes, como que a montar um conjunto de peças, para finalmente o completar com um último bloco. Mantém-se o medo e o pavor dos momentos de vazio, de uma espécie de precipício ou abismo diante de nós, em que um passo nos salva e nos suspira ou nos mata e compromete. Que longa espera...
O tempo assemelha-se a um vento que nos sopra, mostrando-nos o destino, esse poder superior à vontade do homem, que se supõe fixar de maneira irrevogável, o curso dos acontecimentos.
Olho-me como que reflectido por um espelho, vendo lá fora um mundo inteiro por fazer parte, tendo apenas a decisão em mente e um vidro baço que me separa da vida real...
Acordo a cada manhã em sobressalto, até ao dia da decisão...
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