Recordo-me vagamente da exposição que o mundo me traduzia perante a inocência dos meus olhos...
Tudo parecia perfeito, por vezes incompreendido e difícil de ajuizar, ainda que os meus tempos de menino se encarregassem de me aliviar o peso de tamanhas atrocidades. Sacudia-me do que não compreendia, jamais por irresponsabilidade ou desobrigação, mas tão somente pela noção de saber que aquele não seria o meu solo, o meu quinhão ou inclusivamente a quota-parte de algo que me pudesse envolver. Lentamente e nos dias de hoje, mantenho a mesma opinião de que cada um daqueles pensamentos estariam correctos, ainda que dissimulados pelo que hoje já consigo abranger e lhes dar o devido apreço.
Pergunto-me talvez, para e por onde terei viajado para que tanto tivesse crescido em mim, sentindo que apenas troquei o tempo pela maturidade, os anos pelo discernimento, as eras pelo conhecimento...
Apetece-me voltar, perder o que sei e rebuscar a inocência que tantas vezes me ofuscou na hora de decidir. Ainda me vou tentando soltar, crendo em tudo o que me prende e julgando ser possível acreditar na ingenuidade que já não sinto em mim… Torna-se duro não saber sequer distinguir o sol e a chuva pelo calor e pela água, conhecendo-lhes agora pequenas pontas de frieza e de secura... Dói-me ser capaz de sentir as coisas pelo mesmo modo, atribuindo-lhes novos carácteres e características tão ímpares, que anteriormente nem julgava existirem.
Talvez até eu tenha perdido um estado de pureza, um coração casto e uma mente sem mácula, tudo invertendo pelo cruel propagação e passagem do tempo. Apesar dos novos elementos que se vislumbram e vivendo eu com a mesma consciência e responsabilidade que me move, desejava voltar num novo corpo, regressando à totalidade do que sinto como perdido, acreditando desta feita em tudo… Sem reservas!
Tudo parecia perfeito, por vezes incompreendido e difícil de ajuizar, ainda que os meus tempos de menino se encarregassem de me aliviar o peso de tamanhas atrocidades. Sacudia-me do que não compreendia, jamais por irresponsabilidade ou desobrigação, mas tão somente pela noção de saber que aquele não seria o meu solo, o meu quinhão ou inclusivamente a quota-parte de algo que me pudesse envolver. Lentamente e nos dias de hoje, mantenho a mesma opinião de que cada um daqueles pensamentos estariam correctos, ainda que dissimulados pelo que hoje já consigo abranger e lhes dar o devido apreço.
Pergunto-me talvez, para e por onde terei viajado para que tanto tivesse crescido em mim, sentindo que apenas troquei o tempo pela maturidade, os anos pelo discernimento, as eras pelo conhecimento...
Apetece-me voltar, perder o que sei e rebuscar a inocência que tantas vezes me ofuscou na hora de decidir. Ainda me vou tentando soltar, crendo em tudo o que me prende e julgando ser possível acreditar na ingenuidade que já não sinto em mim… Torna-se duro não saber sequer distinguir o sol e a chuva pelo calor e pela água, conhecendo-lhes agora pequenas pontas de frieza e de secura... Dói-me ser capaz de sentir as coisas pelo mesmo modo, atribuindo-lhes novos carácteres e características tão ímpares, que anteriormente nem julgava existirem.
Talvez até eu tenha perdido um estado de pureza, um coração casto e uma mente sem mácula, tudo invertendo pelo cruel propagação e passagem do tempo. Apesar dos novos elementos que se vislumbram e vivendo eu com a mesma consciência e responsabilidade que me move, desejava voltar num novo corpo, regressando à totalidade do que sinto como perdido, acreditando desta feita em tudo… Sem reservas!
1 comentário:
A inocência perdida...a pureza da castidade da mente!
Perdemos todos, e nunca mais voltamos a ela!
Conservar a doçura de um infancia feliz é o segredo para ver esta vida tal como se apresenta hoje de modo mais singelo e doce!
já não somos crianças...(in)felizmente!
beijos
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