quinta-feira, fevereiro 07, 2008

Tranquilidades...

Hoje, um dia tão normal como tantos outros e ao mesmo tempo, sempre tão diferente...
O acordar nada pareceu trazer de novo, ainda que com ele a benção da vida se tivesse feito anunciar e só por isso, devo dar graças por mais uma manhã que me permite estar vivo, me permite viver e permite fazer com que cada um dos meus sentidos volte a interagir com todo o ambiente que me rodeia. O passar do tempo parece trazer mais sapiência, mais experiência a uma vida que vive mais um dia de intenso movimento, ainda que tudo pareça parado, tudo pareça num completo sossego, ainda que tudo pareça num perfeito estado de tranquilidade. Talvez seja tão somente pela minha tranquilidade, pelo sossego a que hoje estou sujeito, pela calma que hoje trago comigo e mais do que a paz de espírito que pareço carregar, talvez seja pelo facto de sentir uma total despreocupação de qualquer responsabilidade no dia de hoje.
Farei o que me apetecer, cumprindo as mesmas regras, as mesmas imposições diárias quase rotineiras, mas sem o peso das mesmas a tolharem-me de pressão e ansiedade.
Hoje viverei de acordo com as minhas vontades, tomando o meu tempo para aquilo que bem me apetecer, para um único todo chamado eu, mas ainda que possa parecer de puro egoísmo e de uma estranha forma de solidão doentia. Saber-me-á extremamente bem este contacto com a minha paz interior. Amanhã, voltarei com tudo aquilo com que sempre sou obrigado a partilhar, mas mais leve e mais aliviado por uns breves momentos de satisfação e de renovação interior.

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