sexta-feira, março 26, 2004

Incertezas...

Do lado de fora dessa mítica chuva de sentimentos,mostra-me que não estou demente,que consigo vislumbrar perante a obscuridade. a densa cortina de nevoeiro diante mim.Deixas-me triste, magoado, ferido perante o mar de dúvidas que me assola a mente e me deixa cada vez mais confuso. Porque me mentes, porque te escondes e foges de mim quando te procuro, quando nada mais pretendo dar, que todo o amor que o meu coração emana ?
Porque me sacudiste a alma cheia dessa poeira contígua, me fizeste renascer de uma cinza imune e ao mesmo tempo, virgem de um fogo fugídio ?
Estranho... Pura diversão...
Encontrei-te por uma feliz e inesperada ocasião do destino. Sempre com a secreta esperança de ter conseguido um fulcro perfeito, onde poderia equilibrar os meus sentimentos, os meus medos, raivas, ódios e com eles deixar-me pender da forma que bem quisesse... Nada me seria estranho... Contigo, bastava-me escolher... Sentir esse equilibrio místico, de colocar o que queria exteriorizar sob o solo sagrado em que a minha vida se deita. um leito viciado, usado, despido, nú ! Usámos e abusámos de nós enquanto nos deliciámos por breves e longos instantes... Bom demais, saboroso o suficente para repetir. Estranhas circunstâncias, partiram uma corda talvez viciada como o pavio de uma vela em chamas... Porque tiveste de partir, separar e mastigar um elo que julgava ter bem apertado ? Dói-me tudo... Não sei te procure dizendo que te odeio ou me afaste dizendo que te amo. Durmo perante uma tempestade que aconteceu e outra que inevitavelmente virá. Preferia que nada tivesse acontecido... Perante um cenário de devastação psíquica, tento uma recomposição adequada aos tempos que correm, aos valores que existem, á moral que sumiu... Longe de ti, porém sempre demasiado perto... Amo-te simplesmente... porque simplesmente te amo !

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