Despojos de vida !
Pelo vazio do momento, em que nem a mais ínfima gota de sangue parece fazer sentido, sento-me de cabeça baixa, ocultando o rosto de olhares provocadores e necrófagos, deixando que a pureza das lágrimas me lavem os dois lados da face e me corram pelo peito, purificando um coração duro e corroído pelo interesse de outros.
O suor, é o resultado físico de um calor artificial. Calor esse que me sai dos poros através de um batimento acelerado, estranho e descompassado. Talvez seja da raiva, do desespero e da vontade em libertar o ódio e o rancor. Olho as palmas das mãos, molho-as com a secreção do meu olhar e virando-as do avesso, aperto-as fortemente, como se esmagasse e libertasse uma fúria que tanto desejo soltar...
Interrogo-me continuamente, sobre a dimensão da vida, da utilidade do corpo, da utilização da mente. Não sinto honra, desejo ou algo grandioso... Limito-me a pisar despojos de uma guerra interior, sentida, absorvida, gasta e em nada saudável.
Água benta que me percorre o rosto, lavai e purificai-me o ego, trazendo-me o objectivo porque tanto ambiciono, sem o conseguir sequer identificar ou distinguir. Quem sabe, se sentir o sangue que me fervilha sobre a pele e o derramar por uma causa, possa atenuar e compreender.. Talvez uma pedra jazida sobre o cadáver, não seja desonroso nem sinal de fraqueza ou impotência. Talvez um sinal de uma força sobre-humana para a aguentar, sobre o corpo morto, gasto e usado pelas amarguras, pelo sofrimento e pela falta de auto-confiança e amor próprio... Ser o mais forte, sim... Até neste sentido sei que o sou !
sábado, maio 29, 2004
quinta-feira, maio 27, 2004
Morte-viva.
Ver-te-ei nos meus sonhos, entrarás neles de uma forma proibida, horrenda e assustadora... Abraçar-me-ás com o teu corpo putrefacto e com o medo, simplesmente me poderei deixar levar. Pela aldeia, os mortos descansam, os vivos receiam e as estranhas criaturas entre nós, deambulam e cambaleiam vindas de todo o lado.
Apenas tu nos poderás livrar delas, eliminando-as e restituindo o sossego e a paz em tanto desejada. Só aqui, no nosso recanto nos sentimos bem e protegidos. Justamente aqui, ninguém entra sem permissão de nós mesmos ou da pura vontade de quem quer estar connosco. Não te quero, não te agradeço, porque também te odeio e em nada me trazes de bom. Soas-me a um mau prenúncio, a um medo legítimo pela figura que ostentas e isso deixa-me sem pinga de sangue. A mesma falta de sangue dessas criaturas que connosco co-habitam e há tantas gerações fazem parte do nosso imaginário real.
Que fizeste tu, a uma cara-metade que te compunha, te vestia e não deixava a descoberto a tua pele irrascível de sentimentos e nobreza ?
Foi a tua falta de amor, de afecto e excesso de frieza que a levaram a procurar outros caminhos, novos desenlaces e a um preenchimento colectivo que nunca lhe proporcionaste.
Se a substituiste pela morte, é credível que te venha buscar, venha ter contigo e te cobre aquilo que lhe é inteiramente justo... Porém e apesar da morte que a acompanha, está bem viva. É na monstruosidade da imagem que foi construindo e se moldando em seu redor, por tua pura e única influência, que sente ciúme, não te perdoará e muito menos a quem te acompanhar.
Procuras agora, o mesmo amor que não deste, nessa primeira que te apareceu e é com ela que incitarás a vingança e o desejo de cobrança! Entrega-a quando estiveres diante deles, porque a alma que te veste e mantém, é podre e de nada poderá valer.
Procurarás o mesmo refúgio, o mesmo recanto para te protegeres, mas será tarde...
Negar-te-ei a entrada, para não provocar em ti o que tantas vezes fizeste noutros e deixarei que eles se regozijem contigo, te consumam e te deixem fazer parte deles.
É contudo o teu mundo, meio vivo, meio morto, porque mesmo humano, nunca senti que fizesses parte de nós... É justo que nos odeies !
Ver-te-ei nos meus sonhos, entrarás neles de uma forma proibida, horrenda e assustadora... Abraçar-me-ás com o teu corpo putrefacto e com o medo, simplesmente me poderei deixar levar. Pela aldeia, os mortos descansam, os vivos receiam e as estranhas criaturas entre nós, deambulam e cambaleiam vindas de todo o lado.
Apenas tu nos poderás livrar delas, eliminando-as e restituindo o sossego e a paz em tanto desejada. Só aqui, no nosso recanto nos sentimos bem e protegidos. Justamente aqui, ninguém entra sem permissão de nós mesmos ou da pura vontade de quem quer estar connosco. Não te quero, não te agradeço, porque também te odeio e em nada me trazes de bom. Soas-me a um mau prenúncio, a um medo legítimo pela figura que ostentas e isso deixa-me sem pinga de sangue. A mesma falta de sangue dessas criaturas que connosco co-habitam e há tantas gerações fazem parte do nosso imaginário real.
Que fizeste tu, a uma cara-metade que te compunha, te vestia e não deixava a descoberto a tua pele irrascível de sentimentos e nobreza ?
Foi a tua falta de amor, de afecto e excesso de frieza que a levaram a procurar outros caminhos, novos desenlaces e a um preenchimento colectivo que nunca lhe proporcionaste.
Se a substituiste pela morte, é credível que te venha buscar, venha ter contigo e te cobre aquilo que lhe é inteiramente justo... Porém e apesar da morte que a acompanha, está bem viva. É na monstruosidade da imagem que foi construindo e se moldando em seu redor, por tua pura e única influência, que sente ciúme, não te perdoará e muito menos a quem te acompanhar.
Procuras agora, o mesmo amor que não deste, nessa primeira que te apareceu e é com ela que incitarás a vingança e o desejo de cobrança! Entrega-a quando estiveres diante deles, porque a alma que te veste e mantém, é podre e de nada poderá valer.
Procurarás o mesmo refúgio, o mesmo recanto para te protegeres, mas será tarde...
Negar-te-ei a entrada, para não provocar em ti o que tantas vezes fizeste noutros e deixarei que eles se regozijem contigo, te consumam e te deixem fazer parte deles.
É contudo o teu mundo, meio vivo, meio morto, porque mesmo humano, nunca senti que fizesses parte de nós... É justo que nos odeies !
quarta-feira, maio 26, 2004
Deep inside...
Por vezes, existem momentos em que devemos dizer adeus, partir, reagir e saber encarar a despedida como algo a existir, fazendo parte da vida e do momento...
Embora seja uma dor crúa, fria e sentida, teremos de tentar aprender, sabendo que é algo inevitável. Temos noção de plena consciência, que é um caminho, uma escolha, uma opção e um sentimento que nos ultrapassa em larga escala.
Apenas sei que onde estivermos, estaremos juntos, unidos, fortes, resistentes e será essa a força e corrente que nos manterá ligados como a luz de uma estrela. Sentirei essa luz dentro de mim, iluminando-me a vida diante dos meus olhos e saberei que enquanto esse feixe iluminado existir, estarás bem... O coração responde-me e sente as dúvidas que me possam atormentar. É nele que vives, nele que estás e nenhuma distância irei sentir entre nós. Nunca me cairão lágrimas de ressentimento, porque o sentido e verdadeiro amor pela amizade jamais morrerá, viverá eternamente e nem o tempo apagará o que de mais belo foi vivido. Recordar tempos passados, no sossego do momento, mantendo a esperança no futuro... Sei que voltarás!
Por vezes, existem momentos em que devemos dizer adeus, partir, reagir e saber encarar a despedida como algo a existir, fazendo parte da vida e do momento...
Embora seja uma dor crúa, fria e sentida, teremos de tentar aprender, sabendo que é algo inevitável. Temos noção de plena consciência, que é um caminho, uma escolha, uma opção e um sentimento que nos ultrapassa em larga escala.
Apenas sei que onde estivermos, estaremos juntos, unidos, fortes, resistentes e será essa a força e corrente que nos manterá ligados como a luz de uma estrela. Sentirei essa luz dentro de mim, iluminando-me a vida diante dos meus olhos e saberei que enquanto esse feixe iluminado existir, estarás bem... O coração responde-me e sente as dúvidas que me possam atormentar. É nele que vives, nele que estás e nenhuma distância irei sentir entre nós. Nunca me cairão lágrimas de ressentimento, porque o sentido e verdadeiro amor pela amizade jamais morrerá, viverá eternamente e nem o tempo apagará o que de mais belo foi vivido. Recordar tempos passados, no sossego do momento, mantendo a esperança no futuro... Sei que voltarás!
Respostas
Levantei-me cedo... Quis estar longe de tudo, de todos e apenas concentrado em algo que nem eu sei sequer precisar. Vim até ao mar, junto a uma falésia com uma imensa costa escarpada, parecendo o limite, o fim de tudo ou o começo de algo...
Dentro do meu carro, observo o horizonte. Por entre sonoridades condizentes comigo e neste vazio, acendo cigarros, parto e queimo pedaços de "sabão" que já havia trazido... Consumo este ambiente mórbido, solitário e olhando a imensidão diante de mim, reajo negativamente a qualquer intenção de pensamento concreto e definido. O fumo consome-me e absorve-me ao ponto de adensar ainda mais a cortina diante de mim...
Vou para fora, sentando-me no capot com uma perna esticada e a outra flectida.Componho a gola do meu blazer enquanto procuro a melhor posição para ficar e me sentir confortável... Sinto salpicos no rosto, parecendo uma mistura de pequenas gotículas de maresia com a humidade da neblina. Sabem-me bem, parecendo inclusivé lavar-me a cara e levando-me a acordar, despertando um pouco.
Estranho tudo isto... Nem sei o que faço aqui, o que procuro, o que espero encontrar ou a principal razão de me encontrar neste sítio. Apenas sei que foi este local o escolhido e em nada me arrependo. Tudo é perfeito ao meu redor, para me sintonizar, meditar, buscar uma paz e um sossego interiores sem que pense no turbilhão de confusões em que a minha mente consciente se encontra.
Para turbilhão, raiva e excesso de força, basta-me olhar para baixo, ver a violência com que as marés chocam nas rochas e como se partem e destroiem, juntando-se logo de seguida ... É magnífico observar o espumar das ondas, como se demonstrassem rancor e ódio por quebrarem logo ali... Voltam contudo atrás, de novo se juntam e voltam a insistir violentamente... Dantesco, incompreensível mas muito, muito belo. A forma como as gotas de espalham e desfragmentam, muitas delas vindas de encontro a mim parecem-me dar a resposta que tanto quero. Talvez sem saber e sem pensar, tenho sido a principal razão de estar aqui. Se calhar, é neste ruidoso sossego que estão escritas as minhas soluções... Talvez deva ser assim... Violentando-me de encontro a algo, querendo ultrapassar essa barreira e com a explosão, desintegrar-me para me juntar em seguida. Parece que este egocentrismo termina aqui e me leva a meditar sobre a principal razão do meu núcleo impenetrável.
Olho em redor mais uma vez. Ao longe, os primeiros raios de sol rompem o dia, parecendo incendiar o imenso oceano. O vento gelado bate-me impiedosamente no rosto, assobiando-me incessantemente aos ouvidos, parecendo dizer "acorda... acorda".
Para trás não quero olhar... Sei que foi de lá que vim e para onde irei quando este encanto provisório terminar. Seria bom demais parar o dia... Não deixar que amanhecesse totalmente, que não viesse a tarde, nem chegasse a noite... Por mim, o tempo poderá passar, mas agarrar este momento, não o deixar avançar, seria transcendental... Por detrás de mim, sei que está a escuridão, o medo e tudo aquilo de que quero fugir. Lado a lado, apenas efeitos colaterais que me vêm atingindo e em suma, terei de estar preparado. Debaixo, parecem chegar e vir até mim as decisões, as respostas e os abanões que preciso sentir... Erguendo o olhar e vendo em frente, os objectivos, a vida, o interesse e a imensidão diante dos meus olhos. Nada melhor que os raios de sol reflectidos, para me iluminarem o caminho que terei de seguir, nessas águas turbulentas e agitadas em que me receio afogar e devo aprender sempre que baterem debaixo de mim.
Volto a entrar no carro... O encanto que tanto me fascinou está a terminar. O dia começa a ir alto e pelas regras impostas, há que voltar e continuar... Não quero, mas nada posso fazer...
No entanto, sei que é aqui, neste local, neste sítio, nesta área abrangente á minha volta que estão grande parte das minhas decisões... Em breve irei voltar !
Levantei-me cedo... Quis estar longe de tudo, de todos e apenas concentrado em algo que nem eu sei sequer precisar. Vim até ao mar, junto a uma falésia com uma imensa costa escarpada, parecendo o limite, o fim de tudo ou o começo de algo...
Dentro do meu carro, observo o horizonte. Por entre sonoridades condizentes comigo e neste vazio, acendo cigarros, parto e queimo pedaços de "sabão" que já havia trazido... Consumo este ambiente mórbido, solitário e olhando a imensidão diante de mim, reajo negativamente a qualquer intenção de pensamento concreto e definido. O fumo consome-me e absorve-me ao ponto de adensar ainda mais a cortina diante de mim...
Vou para fora, sentando-me no capot com uma perna esticada e a outra flectida.Componho a gola do meu blazer enquanto procuro a melhor posição para ficar e me sentir confortável... Sinto salpicos no rosto, parecendo uma mistura de pequenas gotículas de maresia com a humidade da neblina. Sabem-me bem, parecendo inclusivé lavar-me a cara e levando-me a acordar, despertando um pouco.
Estranho tudo isto... Nem sei o que faço aqui, o que procuro, o que espero encontrar ou a principal razão de me encontrar neste sítio. Apenas sei que foi este local o escolhido e em nada me arrependo. Tudo é perfeito ao meu redor, para me sintonizar, meditar, buscar uma paz e um sossego interiores sem que pense no turbilhão de confusões em que a minha mente consciente se encontra.
Para turbilhão, raiva e excesso de força, basta-me olhar para baixo, ver a violência com que as marés chocam nas rochas e como se partem e destroiem, juntando-se logo de seguida ... É magnífico observar o espumar das ondas, como se demonstrassem rancor e ódio por quebrarem logo ali... Voltam contudo atrás, de novo se juntam e voltam a insistir violentamente... Dantesco, incompreensível mas muito, muito belo. A forma como as gotas de espalham e desfragmentam, muitas delas vindas de encontro a mim parecem-me dar a resposta que tanto quero. Talvez sem saber e sem pensar, tenho sido a principal razão de estar aqui. Se calhar, é neste ruidoso sossego que estão escritas as minhas soluções... Talvez deva ser assim... Violentando-me de encontro a algo, querendo ultrapassar essa barreira e com a explosão, desintegrar-me para me juntar em seguida. Parece que este egocentrismo termina aqui e me leva a meditar sobre a principal razão do meu núcleo impenetrável.
Olho em redor mais uma vez. Ao longe, os primeiros raios de sol rompem o dia, parecendo incendiar o imenso oceano. O vento gelado bate-me impiedosamente no rosto, assobiando-me incessantemente aos ouvidos, parecendo dizer "acorda... acorda".
Para trás não quero olhar... Sei que foi de lá que vim e para onde irei quando este encanto provisório terminar. Seria bom demais parar o dia... Não deixar que amanhecesse totalmente, que não viesse a tarde, nem chegasse a noite... Por mim, o tempo poderá passar, mas agarrar este momento, não o deixar avançar, seria transcendental... Por detrás de mim, sei que está a escuridão, o medo e tudo aquilo de que quero fugir. Lado a lado, apenas efeitos colaterais que me vêm atingindo e em suma, terei de estar preparado. Debaixo, parecem chegar e vir até mim as decisões, as respostas e os abanões que preciso sentir... Erguendo o olhar e vendo em frente, os objectivos, a vida, o interesse e a imensidão diante dos meus olhos. Nada melhor que os raios de sol reflectidos, para me iluminarem o caminho que terei de seguir, nessas águas turbulentas e agitadas em que me receio afogar e devo aprender sempre que baterem debaixo de mim.
Volto a entrar no carro... O encanto que tanto me fascinou está a terminar. O dia começa a ir alto e pelas regras impostas, há que voltar e continuar... Não quero, mas nada posso fazer...
No entanto, sei que é aqui, neste local, neste sítio, nesta área abrangente á minha volta que estão grande parte das minhas decisões... Em breve irei voltar !
sexta-feira, maio 21, 2004
Princesa...!
Talvez te escreva, pela demonstração de algo que não me seja possível dizer... Sinto que os olhos me trairão se te julgar pela imagem de um simples retrato incolor, pois é a luz interior que irradias, que melhor te caracteriza e me leva a aproximar de ti. Por vezes, julgo não aguentar o que pretendo dizer... Não porque seja proibido ou desajustado, mas pela precaridade das palavras que forçosamente irão fazer parte desse julgamento.
Enquanto a sombra cresce e se molda, mostrando uma figura que adoro e pela qual sinto afecto, as memórias surgem e parecem deambular por entre sonhos silenciosos, fazendo parte da minha imaginação e preenchendo-me com bem estar.
O horizonte, outrora estranho e distante, sente-se mais perto, com ideias, pensamentos, códigos... Na imensidão das noites, perfuram-me o consciente desde o anoitecer até aos primeiros raios de sol. Sinto-te a voz do coração suspirando, mostrando o encanto e beleza da doçura, ternura e afecto da criança ou menina que se esconde num corpo de mulher. Sinto que apenas é trazida á luz do dia pela pura sombra do amanhecer e pela vontade de o fazer com quem se sente agradávelmente disposta e confiante.
Princesa, que visão maravilhosa ter-te por perto... mágica senhora que me preenche os sagrados mandamentos da vida, mantém-me o íntimo quente e protegido, deixando-me com todo este amor, fazer parte de ti...
Linda, nascida como por milagre, ilumina-me os objectivos a um angélico trono de cristal e pureza... Fantasia, viajante dos meus sonhos, rouba-me a essência interior, destilando-a com o teu calor e não me deixes nunca que a tentação de te ter, nos prejudique e faça terminar tudo aquilo que de mais belo conseguimos. Por ti, estarei presente, em qualquer lugar, de qualquer forma... Bela mariposa saída de uma metamorfose conseguida a preceito, sempre sentirei o teu bater de asas, o teu encanto interior e magestoso... Deixa-me ver-te, dizer a importância que me trazes e alimenta. Será um reconhecido e sentido presente, pelos poderes do teu olhar e pela tua coragem de me assumires diante de ti... Mágica senhora, o teu nome sugere-me vitória, preserverança, vontade em seres enorme, maior que a imensidão diante de ti. Agarra o mundo adiante, prendendo-o e mantendo viva a crença e determinação em tudo a que te propuseres... Sente-te na frente, não me deixando para trás...
Adoro-te muito princesa, pela singularidade e permissão de me deixares ser teu súbdito e pela confiança que em mim demonstras.
Talvez te escreva, pela demonstração de algo que não me seja possível dizer... Sinto que os olhos me trairão se te julgar pela imagem de um simples retrato incolor, pois é a luz interior que irradias, que melhor te caracteriza e me leva a aproximar de ti. Por vezes, julgo não aguentar o que pretendo dizer... Não porque seja proibido ou desajustado, mas pela precaridade das palavras que forçosamente irão fazer parte desse julgamento.
Enquanto a sombra cresce e se molda, mostrando uma figura que adoro e pela qual sinto afecto, as memórias surgem e parecem deambular por entre sonhos silenciosos, fazendo parte da minha imaginação e preenchendo-me com bem estar.
O horizonte, outrora estranho e distante, sente-se mais perto, com ideias, pensamentos, códigos... Na imensidão das noites, perfuram-me o consciente desde o anoitecer até aos primeiros raios de sol. Sinto-te a voz do coração suspirando, mostrando o encanto e beleza da doçura, ternura e afecto da criança ou menina que se esconde num corpo de mulher. Sinto que apenas é trazida á luz do dia pela pura sombra do amanhecer e pela vontade de o fazer com quem se sente agradávelmente disposta e confiante.
Princesa, que visão maravilhosa ter-te por perto... mágica senhora que me preenche os sagrados mandamentos da vida, mantém-me o íntimo quente e protegido, deixando-me com todo este amor, fazer parte de ti...
Linda, nascida como por milagre, ilumina-me os objectivos a um angélico trono de cristal e pureza... Fantasia, viajante dos meus sonhos, rouba-me a essência interior, destilando-a com o teu calor e não me deixes nunca que a tentação de te ter, nos prejudique e faça terminar tudo aquilo que de mais belo conseguimos. Por ti, estarei presente, em qualquer lugar, de qualquer forma... Bela mariposa saída de uma metamorfose conseguida a preceito, sempre sentirei o teu bater de asas, o teu encanto interior e magestoso... Deixa-me ver-te, dizer a importância que me trazes e alimenta. Será um reconhecido e sentido presente, pelos poderes do teu olhar e pela tua coragem de me assumires diante de ti... Mágica senhora, o teu nome sugere-me vitória, preserverança, vontade em seres enorme, maior que a imensidão diante de ti. Agarra o mundo adiante, prendendo-o e mantendo viva a crença e determinação em tudo a que te propuseres... Sente-te na frente, não me deixando para trás...
Adoro-te muito princesa, pela singularidade e permissão de me deixares ser teu súbdito e pela confiança que em mim demonstras.
quinta-feira, maio 20, 2004
O Amor no meu olhar
Na dúvida que transparece, perante o raiar da aurora, o dia irá nascer, rasgar a escuridão, libertar-se das trevas que o assombram, fazendo o sonho acordar, amanhecer e mostrar-se ao som da voz e da luz que por entre os raios de sol, se evidencia e torna brilhante...
Aí, o amor irá chegar, vencer e precipitar, a alma libertar, o espírito alimentar e aquecer, diante de fogos que ardem sem se ver e na luz brilhante do meu olhar, um dia se irá ouvir, o cântico, a entrega e o grito vencedor, porque afinal, parece faltar cumprir o amor que sinto ser o ideal...
Na dúvida que transparece, perante o raiar da aurora, o dia irá nascer, rasgar a escuridão, libertar-se das trevas que o assombram, fazendo o sonho acordar, amanhecer e mostrar-se ao som da voz e da luz que por entre os raios de sol, se evidencia e torna brilhante...
Aí, o amor irá chegar, vencer e precipitar, a alma libertar, o espírito alimentar e aquecer, diante de fogos que ardem sem se ver e na luz brilhante do meu olhar, um dia se irá ouvir, o cântico, a entrega e o grito vencedor, porque afinal, parece faltar cumprir o amor que sinto ser o ideal...
quinta-feira, maio 13, 2004
Portugal !
Saudosa Lusitânia... Tão grandiosamente erguida por heróis antigos, tão piamente denegrida por pensadores de um tempo actual, cuja atitude se tinge pela cor de um orgulho estúpido, pela fama consequente e pelo poder conquistado por formas obscuras e puramente egoístas.
Terra-mãe que chama por mim, pedindo-me e implorando com uma força nunca vista, por entre as feridas que há muito brotam do seu interior,que a salve e lhe devolva a grandiosidade que a compõe, que a veste e a caracteriza. Sinto que ela vê em mim um filho pródigo, uma pureza leal como ela... Sente o peso do meu corpo unido ao seu chão sagrado como raízes embutidas por entre as pedras da sua superfície.
Fala-me em cores, texturas, cavidades e formas, muitas delas imperceptíveis, mas sei que ao mesmo tempo são minhas, como algo a defender e a perservar e pelas quais orgulhosamente faço questão de exibir e salientar. Filho único talvez, não pela escassez de irmãos de sangue, que a pisam, a habitam e fazem dela um tapete a ser usado, mas por lhe estar intimamente ligado, quase sentindo-a chorar, perante um olhar tímido e envergonhado com que me mostra os buracos e os cortes no seu tecido.
Sinto-a como um mistério, algo mais que matéria orgânica composta por granito, areia, húmus ou pedaços de manta morta e apodrecida... Em cada pedaço, existem estórias, contos, lendas, tempo, velhice, juventude, seres vivos e não vivos, vida, morte, água, sangue... Tudo isso se nota pela erosão bem revelada pela antiguidade que a descobre. Pareces erguida num trono antigo, em que me sento e desafio quem nos rodeia, em que me ajoelho e te presto homenagem pela singularidade e permissão de fazer parte de ti. Talvez seja teu filho, teu único filho, meu doce e enigmático mistério, mostrando ao mundo que talvez esteja sozinho na minha crença. Chamo-te Mãe, pela vontade de te defender, exibir com orgulho, pelo brio e vontade em te vestir e pela qual gloriosamente irei morrer. Em ti nasci, em ti vivi, em ti quero ficar e permancer enquanto o permitires e quando nada mais me restar, apenas desejarei usar o teu chão sagrado como leito para um corpo cansado e fraco de evocar o teu nome.
As ondas que te batem, clamam e uivam com grandiosidade o teu nome... É a única forma do mar poder dizer que as lendas do orgulho lusitano há muito partiram e pela sua música de encontro ás rochas, canta e afirma tudo aquilo que sei, me enojo e não me atrevo a retorquir. Pelas montanhas, lobos choram pela glória antiga que se estingue e se sente desaparecer...
Talvez seja teu filho, talvez sejas um mistério, talvez tudo isto seja conspiração por algo pouco palpável... Pareces-me Deus, algo sagrado em que tudo o que te compõe é belo demais para existir e impossível de verdadeiramente tocar.
Lamento a tirania, a densa floresta de inconsciência que te criámos e a imensa ignorância com que há algum tempo te brindamos...
Por ti me orgulho, por ti te defendo e por ti luto, erguendo-te ao nível mais alto das terras, ao mais alto nível do Mundo...
Amo-te pátria minha !
Saudosa Lusitânia... Tão grandiosamente erguida por heróis antigos, tão piamente denegrida por pensadores de um tempo actual, cuja atitude se tinge pela cor de um orgulho estúpido, pela fama consequente e pelo poder conquistado por formas obscuras e puramente egoístas.
Terra-mãe que chama por mim, pedindo-me e implorando com uma força nunca vista, por entre as feridas que há muito brotam do seu interior,que a salve e lhe devolva a grandiosidade que a compõe, que a veste e a caracteriza. Sinto que ela vê em mim um filho pródigo, uma pureza leal como ela... Sente o peso do meu corpo unido ao seu chão sagrado como raízes embutidas por entre as pedras da sua superfície.
Fala-me em cores, texturas, cavidades e formas, muitas delas imperceptíveis, mas sei que ao mesmo tempo são minhas, como algo a defender e a perservar e pelas quais orgulhosamente faço questão de exibir e salientar. Filho único talvez, não pela escassez de irmãos de sangue, que a pisam, a habitam e fazem dela um tapete a ser usado, mas por lhe estar intimamente ligado, quase sentindo-a chorar, perante um olhar tímido e envergonhado com que me mostra os buracos e os cortes no seu tecido.
Sinto-a como um mistério, algo mais que matéria orgânica composta por granito, areia, húmus ou pedaços de manta morta e apodrecida... Em cada pedaço, existem estórias, contos, lendas, tempo, velhice, juventude, seres vivos e não vivos, vida, morte, água, sangue... Tudo isso se nota pela erosão bem revelada pela antiguidade que a descobre. Pareces erguida num trono antigo, em que me sento e desafio quem nos rodeia, em que me ajoelho e te presto homenagem pela singularidade e permissão de fazer parte de ti. Talvez seja teu filho, teu único filho, meu doce e enigmático mistério, mostrando ao mundo que talvez esteja sozinho na minha crença. Chamo-te Mãe, pela vontade de te defender, exibir com orgulho, pelo brio e vontade em te vestir e pela qual gloriosamente irei morrer. Em ti nasci, em ti vivi, em ti quero ficar e permancer enquanto o permitires e quando nada mais me restar, apenas desejarei usar o teu chão sagrado como leito para um corpo cansado e fraco de evocar o teu nome.
As ondas que te batem, clamam e uivam com grandiosidade o teu nome... É a única forma do mar poder dizer que as lendas do orgulho lusitano há muito partiram e pela sua música de encontro ás rochas, canta e afirma tudo aquilo que sei, me enojo e não me atrevo a retorquir. Pelas montanhas, lobos choram pela glória antiga que se estingue e se sente desaparecer...
Talvez seja teu filho, talvez sejas um mistério, talvez tudo isto seja conspiração por algo pouco palpável... Pareces-me Deus, algo sagrado em que tudo o que te compõe é belo demais para existir e impossível de verdadeiramente tocar.
Lamento a tirania, a densa floresta de inconsciência que te criámos e a imensa ignorância com que há algum tempo te brindamos...
Por ti me orgulho, por ti te defendo e por ti luto, erguendo-te ao nível mais alto das terras, ao mais alto nível do Mundo...
Amo-te pátria minha !
sexta-feira, maio 07, 2004
Amor !
Quando a paixão no coração se move,deixa uma emoção que nunca se vai. Não sei dizer como, mas só acontece se uma pessoa com outra voar. Cada vez mais alto, quase além do mundo como desse um salto na imensidão. E não há distãncia não, corre e me alcança... Vem voar dentro de mim para sempre. Se em meu lugar tu estás, se em teu lugar eu estou, tu és tudo o que eu vivo e vida é o que eu te dou.
Se em meu lugar tu estás, nunca vamos ficar sozinhos, não importa onde dão nossos destinos... Por qualquer estrada, sob qualquer céu mesmo separados não vou te perder. Abre os teus braços, manda-me um sinal... eu vou-te encontrar. Sozinho não te deixarei e esse mesmo voo eu farei dentro de ti para sempre. Se em meu lugar tu estás,se em teu lugar eu estou tu és tudo o que eu vivo e vida é o que eu te dou... Se em meu lugar tu estás,como admitir ter limites,duas almas que vivem o que dizem.
Acredita em mim, não há como duvidar se isso tudo que eu vivo existe dentro de nós...Eu e tu, estaremos juntos sempre mais, se em meu lugar tu estás, se em teu lugar eu estou,tu és tudo o que eu vivo e vida é o que eu te dou. Se em meu lugar tu estás, se em teu lugar eu estou, levo-te no meu coração e no teu coração eu vou. Se em meu lugar tu estás, nunca vamos ficar sozinhos, não importa onde vão nossos destinos terás sempre o meu amor...
Quando a paixão no coração se move,deixa uma emoção que nunca se vai. Não sei dizer como, mas só acontece se uma pessoa com outra voar. Cada vez mais alto, quase além do mundo como desse um salto na imensidão. E não há distãncia não, corre e me alcança... Vem voar dentro de mim para sempre. Se em meu lugar tu estás, se em teu lugar eu estou, tu és tudo o que eu vivo e vida é o que eu te dou.
Se em meu lugar tu estás, nunca vamos ficar sozinhos, não importa onde dão nossos destinos... Por qualquer estrada, sob qualquer céu mesmo separados não vou te perder. Abre os teus braços, manda-me um sinal... eu vou-te encontrar. Sozinho não te deixarei e esse mesmo voo eu farei dentro de ti para sempre. Se em meu lugar tu estás,se em teu lugar eu estou tu és tudo o que eu vivo e vida é o que eu te dou... Se em meu lugar tu estás,como admitir ter limites,duas almas que vivem o que dizem.
Acredita em mim, não há como duvidar se isso tudo que eu vivo existe dentro de nós...Eu e tu, estaremos juntos sempre mais, se em meu lugar tu estás, se em teu lugar eu estou,tu és tudo o que eu vivo e vida é o que eu te dou. Se em meu lugar tu estás, se em teu lugar eu estou, levo-te no meu coração e no teu coração eu vou. Se em meu lugar tu estás, nunca vamos ficar sozinhos, não importa onde vão nossos destinos terás sempre o meu amor...
quarta-feira, maio 05, 2004
Confusa demência...
Todas as criaturas e seres viventes precisam de destinos, conduzindo os seus problemas de um ponto de partida. Todas as pessoas precisam esvaziar a mente, depreciarem-se pelos abismos e encontrarem um ponto médio na consciência podre e funesta que os atormenta... Acho que te consigo ouvir, na manhã em que acordas, sentes o peso em cima dos olhos e não os consegues abrir.
Percorre as milhas que te distam do objectivo, no momento da tranquila existência, consciência e é bom sentir que se pensa na não vontade de o fazer, de o assimilar e nunca executar o que se diz, mas o que se sente...
Nunca te oiço, e isso vê-se nos hologramas que se mostram pelos teus olhos, na vermelhidão rosada do sangue que te sai deles e me mancha a palma das mãos e fazendo-me sentir estigmatizado por brechas que não são as minhas, mas que fazem parte de mim.
Não me sinto tranquilo, nem por mim, nem pela gentalha que se diverte á noite, nas altas horas de diversão, nas quais me hostilizo pela vulgaridade do vazio ,no sorriso escondido e tímido em que faço uma pausa para me saciar no ódio e na demência de um estado doentio e depressivo.
Não me preocupo com diferentes leituras ou pensamentos, até me sinto bem com eles, fazem-me bem e são bons para mim... são puros, decentes e cristalinos quando têm razão de ser e o são por inteiro. Talvez sendo criança, na infantilidade e na meninice, consiga pegar, agarrar e conseguir um pouco desse pedágio que me é insistentemente cobrado.
Talvez uma bebida dopante, alcoolizada, viciada, viciante, dependente me faça bem, me faça pensar na vontade de não o fazer e com ela apenas esquecer, limpando e formatando as formas estranhas e assustadores que deambulam diante de mim e me levam cada porção do brilho natural, do lustro e da luminosidade que me fez resisitir por tanto tempo a uma escuridão inevitável.
Talvez se arrisque a vida, talvez se sacrifique o espírito e o perjúrio em que me insiro... Doce, elegante, suave e nojento... Nojo de uma luz que julgava ser um abrigo,um escudo encandeador e reflectivo de diversas formas de barreiras e etapas que com uma chuva de preconceitos e regras me confronta e revolta.Metade assim se sente, metade assim se encontra... nervosa, duvidosa, confusa, doentia e dolorosa ! Vede os meus olhos, são pequenos hologramas, repara no sangue que me brota da alma, se demonstra no amor e me sai pelas palmas das mãos como se de estigmas se tratassem... O negro apodera-se, o brilho desfaz-se, a luminosidade perde-se e o vermelho do meu interior morre a cada passo que dou no sentido do tempo ...
Todas as criaturas e seres viventes precisam de destinos, conduzindo os seus problemas de um ponto de partida. Todas as pessoas precisam esvaziar a mente, depreciarem-se pelos abismos e encontrarem um ponto médio na consciência podre e funesta que os atormenta... Acho que te consigo ouvir, na manhã em que acordas, sentes o peso em cima dos olhos e não os consegues abrir.
Percorre as milhas que te distam do objectivo, no momento da tranquila existência, consciência e é bom sentir que se pensa na não vontade de o fazer, de o assimilar e nunca executar o que se diz, mas o que se sente...
Nunca te oiço, e isso vê-se nos hologramas que se mostram pelos teus olhos, na vermelhidão rosada do sangue que te sai deles e me mancha a palma das mãos e fazendo-me sentir estigmatizado por brechas que não são as minhas, mas que fazem parte de mim.
Não me sinto tranquilo, nem por mim, nem pela gentalha que se diverte á noite, nas altas horas de diversão, nas quais me hostilizo pela vulgaridade do vazio ,no sorriso escondido e tímido em que faço uma pausa para me saciar no ódio e na demência de um estado doentio e depressivo.
Não me preocupo com diferentes leituras ou pensamentos, até me sinto bem com eles, fazem-me bem e são bons para mim... são puros, decentes e cristalinos quando têm razão de ser e o são por inteiro. Talvez sendo criança, na infantilidade e na meninice, consiga pegar, agarrar e conseguir um pouco desse pedágio que me é insistentemente cobrado.
Talvez uma bebida dopante, alcoolizada, viciada, viciante, dependente me faça bem, me faça pensar na vontade de não o fazer e com ela apenas esquecer, limpando e formatando as formas estranhas e assustadores que deambulam diante de mim e me levam cada porção do brilho natural, do lustro e da luminosidade que me fez resisitir por tanto tempo a uma escuridão inevitável.
Talvez se arrisque a vida, talvez se sacrifique o espírito e o perjúrio em que me insiro... Doce, elegante, suave e nojento... Nojo de uma luz que julgava ser um abrigo,um escudo encandeador e reflectivo de diversas formas de barreiras e etapas que com uma chuva de preconceitos e regras me confronta e revolta.Metade assim se sente, metade assim se encontra... nervosa, duvidosa, confusa, doentia e dolorosa ! Vede os meus olhos, são pequenos hologramas, repara no sangue que me brota da alma, se demonstra no amor e me sai pelas palmas das mãos como se de estigmas se tratassem... O negro apodera-se, o brilho desfaz-se, a luminosidade perde-se e o vermelho do meu interior morre a cada passo que dou no sentido do tempo ...
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