Instantes !
Onde estão os namorados, os amigos, os amantes e os laços de afecto e carinho? Em que sentido viajam os sonhos, as promessas depositadas no nosso colo quando a inocência nos vestia, as esperanças adocicadas num futuro risonho de verdes anos e as mágicas estórias de felicidade eterna? E as noites, estreladas e resplandecentes de um luar brilhante, alimentadas de palavras sussurradas ao ouvido e que lambuzavam e derretiam o coração?
Por que raio de caminhos e trajectos negros, sombrios e dispersos nos perdemos todos, como se hoje estivéssemos aqui numa terra desconhecida, rodeada de gente estranha, sem raízes, sem memórias, sem nada ?
As esperanças rasgadas em mil pedaços, deitadas ao sabor da brisa, levadas pelo vento para lugares onde ninguém as entende e deixando-nos por isso, rodeados deste silêncio ensurdecedor que nos enlouquece e ultima miseravelmente...
Percorremos os dias repetindo os gestos, mas uma vez deitados no nosso leito diário, a dor no corpo tolhe-nos e incapacita-nos, deixando a nú o cheiro e o peso da solidão. Que fazer com o resto dos dias, com os resquícios das ilusões manchadas pelas marcas do tempo, das desilusões vividas e da longínqua recordação do que um dia foi?
Alimento a esperança de agarrar o tempo numa outra vida. A experiência desta, encoraja-me...
sábado, dezembro 09, 2006
sexta-feira, novembro 03, 2006
Escutando...
Deito-me no chão, colando o ouvido no solo como uma pequena ventosa.
Que estranho mundo se observa sob esta perspectiva... Ouvem-se sons do interior, anexados a um estranho zumbido que me ensurdece e estremece por dentro.
Tudo é diferente visto assim! Reparo nas ondas de calor diante dos meus olhos, na forma como os pingos de chuva se partem e se multiplicam quando embatem no asfalto, no som estridente do sapateado desta gente que se afunila e apressadamente corre. Acompanho o movimento ruidoso dos veículos, na velocidade dos mesmos e no rápido contacto das rodas no piso negro de alcatrão.
Os insectos, esses, parecem bem mais assustadores e intrigantes vistos de perto...
Sabe bem parar no tempo, cometer estranhas opções, loucos comportamentos e ficar prostrados em qualquer lado ou em qualquer algo que nos quebre a rotina e a monotonia.
Complexa esta minha forma de hoje observar o mundo, mas de plena vontade e consciência, que é apenas uma de muitas maneiras de ver e assimilar tudo aquilo que diante dos meus olhos, nem sempre vejo e compreendo. Talvez seja louco ou demente, pela simples forma de estar aninhado sobre estas pedras que revestem a terra por baixo de mim, mas quase adormeço como se na minha cama aguardasse pelo sono. Que leito maravilhoso descobri hoje...
sexta-feira, outubro 20, 2006
Fogo dançante !
Sentado pelos cantos, canto melancolia e tristeza, tentando adormecer.
Preso num emaranhado de promessas e falsas esperanças onde ninguém se parece assumir, jamais chorarei para mim, mantendo-me num deserto de sentimentos, alimentado por um oásis inexistente. Sem lágrimas de limpeza cuja intuito de me rejuvenescer e purificar se manteria vivo, apenas alimento diários de páginas vazias, escrevendo sem tinta, pensando sem coração, respirando venenos inglórios...
Canto nesta guerra, enquanto tudo arde, se destrói e consome, no choro compulsivo de quem não entende a mentira, os sonhos, o ódio ou mesmo a dor.
Sentado no meu canto, apenas observo a raiva contida de quem tudo perde, de quem tudo sente que afinal para se viver nada é preciso, deambulando através de uma vida fútil e sem significado perante cenários de destruição. Consumidos por máscaras de anos de fachada, pilham e vertem o sangue que o poder construiu, incapazes de me ver sentado neste canto, envolvido numa mesma luta, embora de contextos diferentes.
Contemplo a azáfama do desespero, da raiva primitiva, da ausência de valores morais, enquanto tudo se reduz a pó. Divirto-me sorrindo, sentindo que aos poucos se faz justiça. Sentado no meu canto, tento adormecer...
Sentado pelos cantos, canto melancolia e tristeza, tentando adormecer.
Preso num emaranhado de promessas e falsas esperanças onde ninguém se parece assumir, jamais chorarei para mim, mantendo-me num deserto de sentimentos, alimentado por um oásis inexistente. Sem lágrimas de limpeza cuja intuito de me rejuvenescer e purificar se manteria vivo, apenas alimento diários de páginas vazias, escrevendo sem tinta, pensando sem coração, respirando venenos inglórios...
Canto nesta guerra, enquanto tudo arde, se destrói e consome, no choro compulsivo de quem não entende a mentira, os sonhos, o ódio ou mesmo a dor.
Sentado no meu canto, apenas observo a raiva contida de quem tudo perde, de quem tudo sente que afinal para se viver nada é preciso, deambulando através de uma vida fútil e sem significado perante cenários de destruição. Consumidos por máscaras de anos de fachada, pilham e vertem o sangue que o poder construiu, incapazes de me ver sentado neste canto, envolvido numa mesma luta, embora de contextos diferentes.
Contemplo a azáfama do desespero, da raiva primitiva, da ausência de valores morais, enquanto tudo se reduz a pó. Divirto-me sorrindo, sentindo que aos poucos se faz justiça. Sentado no meu canto, tento adormecer...
sexta-feira, setembro 22, 2006
Marionetas !
Escolhas…
Por vezes demasiado longas, renitentes ou impossíveis de satisfazer no imediato.
Páro para pensar, ouvindo a voz que emerge do meu interior e lentamente me diz para ceder ao que realmente não tenho de concreto.
Levo-me pela tentação, pelo fácil e estreito, talvez pela admiração do meu tempo de espera onde o caminho afinal, é bem mais simples do que parece.
Receio o erro, o engano e uma falsa estratégia, onde um mínimo desvio me poderá perder para sempre, deixando á deriva pela turbulência dos mares e vetado ao abandono como conchas vazias e ancoradas.
Talvez seja mais difícil do que parece, quando estagno e me conto a mim mesmo que as esperanças e os sonhos serão sempre meus, apenas se lhes der o que tanto deles espero.
Parece uma venda, uma troca barata de qualquer bem de consumo, onde os meus objectivos parecem uma propaganda apelativa aos meus olhos, sendo que afinal, mais do que eles, sou eu que aos poucos me vendo e entrego á preguiça do mundo.Oiço uma voz interior, semelhante a um grito de revolta, abrindo-me os olhos e fazendo-me crer que não sou apenas mais um de tantos outros, mas o primeiro de mim próprio.
Posso viver a mentira, o engano e a desonra, ser apenas aquilo que vês, não podendo recusar recompensas, alimentar-me de poder, de ganância e prazer, embora consciente que é a alma que vendo, violo e martirizo, apenas por uma questão de lucro momentâneo e de satisfação pessoal.
Afinal, o que apenas posso, é acreditar que nada poderei fazer e aceitar regras, ordens e pedidos…
Acordo com a prova dada que nasci para liderar o meu caminho, mas não passo de um mero fantoche que se perde em atalhos estrategicamente colocados para seguir o mesmo trilho de tantos outros…
Escolhas…
Por vezes demasiado longas, renitentes ou impossíveis de satisfazer no imediato.
Páro para pensar, ouvindo a voz que emerge do meu interior e lentamente me diz para ceder ao que realmente não tenho de concreto.
Levo-me pela tentação, pelo fácil e estreito, talvez pela admiração do meu tempo de espera onde o caminho afinal, é bem mais simples do que parece.
Receio o erro, o engano e uma falsa estratégia, onde um mínimo desvio me poderá perder para sempre, deixando á deriva pela turbulência dos mares e vetado ao abandono como conchas vazias e ancoradas.
Talvez seja mais difícil do que parece, quando estagno e me conto a mim mesmo que as esperanças e os sonhos serão sempre meus, apenas se lhes der o que tanto deles espero.
Parece uma venda, uma troca barata de qualquer bem de consumo, onde os meus objectivos parecem uma propaganda apelativa aos meus olhos, sendo que afinal, mais do que eles, sou eu que aos poucos me vendo e entrego á preguiça do mundo.Oiço uma voz interior, semelhante a um grito de revolta, abrindo-me os olhos e fazendo-me crer que não sou apenas mais um de tantos outros, mas o primeiro de mim próprio.
Posso viver a mentira, o engano e a desonra, ser apenas aquilo que vês, não podendo recusar recompensas, alimentar-me de poder, de ganância e prazer, embora consciente que é a alma que vendo, violo e martirizo, apenas por uma questão de lucro momentâneo e de satisfação pessoal.
Afinal, o que apenas posso, é acreditar que nada poderei fazer e aceitar regras, ordens e pedidos…
Acordo com a prova dada que nasci para liderar o meu caminho, mas não passo de um mero fantoche que se perde em atalhos estrategicamente colocados para seguir o mesmo trilho de tantos outros…
domingo, agosto 27, 2006
Pausas...
Melodia silenciosa, cujo som disfarçadamente se escuta, tudo tem para ser ouvida...
Encontra-se em todo o lado, ocultando o ouvinte, mascarando-o de forma transparente.
Sem ela, não conseguiria viver...
Aceito o mérito do silêncio como a coisa mais natural do mundo, deixando que ele constitua o mais retumbante aplauso...
Voltarei em breve... com prazer! NM
Melodia silenciosa, cujo som disfarçadamente se escuta, tudo tem para ser ouvida...
Encontra-se em todo o lado, ocultando o ouvinte, mascarando-o de forma transparente.
Sem ela, não conseguiria viver...
Aceito o mérito do silêncio como a coisa mais natural do mundo, deixando que ele constitua o mais retumbante aplauso...
Voltarei em breve... com prazer! NM
domingo, julho 16, 2006
Elixir !
Hora vespertina que embriaga o meu íntimo, guia-me a mente para lá do corpo, para além do coração e transforma a minha dádiva de vida, num poderoso milagre de existência e conhecimento...
Tempo, que te encarregas de me congelar os movimentos, me entorpece as já obsoletas peças do corpo, afasta-me da tentação de ceder a última célula e o suspiro final do meu ser.
Prevalece um coração iluminado de esperança, supéfluo de razões conscientes, válidas e coerentes, ainda que mantendo a sagacidade e jovialidade da primeira batida, desde a primeira hora...
Mantenho-me acordado, protegendo-me do abismo, do buraco negro que desconheço, da frieza e estranha sensação de vago e inerte, camuflando o implacável tempo que aos poucos me amadurece, colhe e me vê apodrecer.
Apesar da locomoção que aos poucos me emperra e prende, luto e grito por dois passos mais de esperança, de certeza e convicção, mantendo-me firme e alinhado na busca contínua da eterna juventude.
Que o verdadeiro elixir viva dentro... Que o mesmo habite em mim...
Hora vespertina que embriaga o meu íntimo, guia-me a mente para lá do corpo, para além do coração e transforma a minha dádiva de vida, num poderoso milagre de existência e conhecimento...
Tempo, que te encarregas de me congelar os movimentos, me entorpece as já obsoletas peças do corpo, afasta-me da tentação de ceder a última célula e o suspiro final do meu ser.
Prevalece um coração iluminado de esperança, supéfluo de razões conscientes, válidas e coerentes, ainda que mantendo a sagacidade e jovialidade da primeira batida, desde a primeira hora...
Mantenho-me acordado, protegendo-me do abismo, do buraco negro que desconheço, da frieza e estranha sensação de vago e inerte, camuflando o implacável tempo que aos poucos me amadurece, colhe e me vê apodrecer.
Apesar da locomoção que aos poucos me emperra e prende, luto e grito por dois passos mais de esperança, de certeza e convicção, mantendo-me firme e alinhado na busca contínua da eterna juventude.
Que o verdadeiro elixir viva dentro... Que o mesmo habite em mim...
segunda-feira, junho 26, 2006
A espera !
O desacerto contínuo de um momento de solidão invade-me, atormenta-me e adormece-me lentamente, quase trazendo até mim uma sonolência e uma enfermidade doentia e inoperante.
Lenta esta agonia, este tempo estúpido e mesquinho na espera de algo, cujo sabor me parece insípido e cuja coloração assume contornos de invisível e simultâneamente de opaco.
Conto os minutos, os valiosos segundos que se gastam e me envelhecem nesta espera. Nada cresço, nada de novo me apraz registar...
Morro suavemente com o passar das horas, numa reclusão concedida e dela necessitando para meu sustento.
Rodeado de paredes decoradas por embustes estrategicamente colocados, desafio a minha resistência, testo a minha capacidade de sacrifício, paciência, aguardando que qualquer presa me visite e possa cair na minha rede de argumentos.
Afinal, mais do que qualquer outra espera, situo nesta toda a minha capacidade física e mental, características e aptidões. Ainda que me sinta envelhecer de um modo precoce, mantenho-me ciente dos meus níveis de saturação de limite humano.
É esta uma das minhas muitas vidas...
O desacerto contínuo de um momento de solidão invade-me, atormenta-me e adormece-me lentamente, quase trazendo até mim uma sonolência e uma enfermidade doentia e inoperante.
Lenta esta agonia, este tempo estúpido e mesquinho na espera de algo, cujo sabor me parece insípido e cuja coloração assume contornos de invisível e simultâneamente de opaco.
Conto os minutos, os valiosos segundos que se gastam e me envelhecem nesta espera. Nada cresço, nada de novo me apraz registar...
Morro suavemente com o passar das horas, numa reclusão concedida e dela necessitando para meu sustento.
Rodeado de paredes decoradas por embustes estrategicamente colocados, desafio a minha resistência, testo a minha capacidade de sacrifício, paciência, aguardando que qualquer presa me visite e possa cair na minha rede de argumentos.
Afinal, mais do que qualquer outra espera, situo nesta toda a minha capacidade física e mental, características e aptidões. Ainda que me sinta envelhecer de um modo precoce, mantenho-me ciente dos meus níveis de saturação de limite humano.
É esta uma das minhas muitas vidas...
Lábios !
Agradável beijo, levemente pincelado com o teu ser que nele emprega todo o corpo, todo o espírito e a mim se entrega num círculo de sentimentos e sensações indescritíveis.
Sinto o leve tocar de lábios, deles me alimentando, consumindo a tua existência e fazendo dela o elixir do meu equilíbrio, necessitando do calor terno e morno da tua boca para me nutrir, procurando o viver saudável que o teu beijo me transmite.
Beija-me por instantes, de modo longo, demorado, perdendo a dimensão e a noção do tempo, do espaço, consumindo-me e dando-me tudo o que és, sentes e podes viver.
Excita-me sentir-te assim, com pequenos laivos de instinto, deixando que o coração sinta o que a razão desconhece e me deixe viver contigo o que de mais belo existe na tua carícia, no teu mimo, no teu doce ser que tanto me completa e faz crescer.
Envolto num doce mistério, sinto-te em sintonia comigo, bebendo ambos do mesmo mel que em nós se produz, se manifesta e sem que nos apercebamos, nos alimenta, nos faz sentir um no outro e propaga de um modo lento, cadenciado, mas pleno desse amor que por nós irradia.
Beija-me novamente, cada vez mais e de uma forma atroz, calculista, audaz, deixando que transpareça tudo o que sentes, tudo o que desejas, amando-me, mordendo-me, devorando-me com doses de pura loucura, insanidade para quem nos desconhece e observa, mas assumidamente condimentada na perfeição, como uma conjugação de ingredientes e factores por ambos vivida. Sente-me amando-te e retribuindo muito mais que um simples tocar de lábios famintos e ardentes...
Ama-me pelo beijo, consumindo-me até à exaustão.
Agradável beijo, levemente pincelado com o teu ser que nele emprega todo o corpo, todo o espírito e a mim se entrega num círculo de sentimentos e sensações indescritíveis.
Sinto o leve tocar de lábios, deles me alimentando, consumindo a tua existência e fazendo dela o elixir do meu equilíbrio, necessitando do calor terno e morno da tua boca para me nutrir, procurando o viver saudável que o teu beijo me transmite.
Beija-me por instantes, de modo longo, demorado, perdendo a dimensão e a noção do tempo, do espaço, consumindo-me e dando-me tudo o que és, sentes e podes viver.
Excita-me sentir-te assim, com pequenos laivos de instinto, deixando que o coração sinta o que a razão desconhece e me deixe viver contigo o que de mais belo existe na tua carícia, no teu mimo, no teu doce ser que tanto me completa e faz crescer.
Envolto num doce mistério, sinto-te em sintonia comigo, bebendo ambos do mesmo mel que em nós se produz, se manifesta e sem que nos apercebamos, nos alimenta, nos faz sentir um no outro e propaga de um modo lento, cadenciado, mas pleno desse amor que por nós irradia.
Beija-me novamente, cada vez mais e de uma forma atroz, calculista, audaz, deixando que transpareça tudo o que sentes, tudo o que desejas, amando-me, mordendo-me, devorando-me com doses de pura loucura, insanidade para quem nos desconhece e observa, mas assumidamente condimentada na perfeição, como uma conjugação de ingredientes e factores por ambos vivida. Sente-me amando-te e retribuindo muito mais que um simples tocar de lábios famintos e ardentes...
Ama-me pelo beijo, consumindo-me até à exaustão.
terça-feira, maio 30, 2006
Olisipo !
Tarde...
Quase noite, mas hora perfeita para observar o melhor cenário do mundo.
Examino com vaidade e um tremor periclitante, toda a perfeita imensidão diante dos meus olhos. Pareço chorar de orgulho perante ruídos, cores, odores e toda esta amplitude disforme, mas perfeitamente ordenada de um mundo muito meu.
Vindo de sul, sinto-me abraçado e acolhido com uma hospitalidade única, apenas por uma porção de terra que serviu de inspiração a quem a vestiu, conquistou e tantas vezes dela se esqueceu.
Sinto-me seu rebento, trazendo-a comigo como uma progenitora a quem beijo incessantemente e lhe mantenho total fidelidade. Ergue-se a cada novo dia com movimento, agitação e com vida própria mantendo aberta a sua extensão nocturna, num longo limite de colinas amontoadas, lavadas por águas correntes de um curso grandioso.
Vejo-a como muitos, observando-a como poucos, mostrando o que realmente se sente quando por ela se evoca e tudo se mostra num amontoado de curtas palavras e insuficientes adjectivos.
Evidenciam-se qualidades, apontam-se defeitos, exibindo o seu viver perante os séculos de história, mantendo vivas as estórias de espanto, de aventuras, de lendas e mitos e de tudo aquilo que a compôs e fez dela a grandiosa senhora que a todos conquistou respeito e admiração.
A arte moldou-se nela, refinou-se, dando lugar a obras, a uma cultura ímpar de máscaras e mistério, sabendo manter viva a fiel tradição de algo típico, pitoresco e muito seu.
A ocidente o mar dilata-se, parecendo engolir cada pigmento que a sua pele coleccionou desde sempre...
Finalmente, reparo no mundo que se foi formando por aí fora, tendo-a como modelo, como referência e ponto de partida para a conquista de novos territórios, de novas terras e justamente afirmo, que foi aqui que o universo eclodiu e lhe pediu para ser sua mãe.
Tarde...
Quase noite, mas hora perfeita para observar o melhor cenário do mundo.
Examino com vaidade e um tremor periclitante, toda a perfeita imensidão diante dos meus olhos. Pareço chorar de orgulho perante ruídos, cores, odores e toda esta amplitude disforme, mas perfeitamente ordenada de um mundo muito meu.
Vindo de sul, sinto-me abraçado e acolhido com uma hospitalidade única, apenas por uma porção de terra que serviu de inspiração a quem a vestiu, conquistou e tantas vezes dela se esqueceu.
Sinto-me seu rebento, trazendo-a comigo como uma progenitora a quem beijo incessantemente e lhe mantenho total fidelidade. Ergue-se a cada novo dia com movimento, agitação e com vida própria mantendo aberta a sua extensão nocturna, num longo limite de colinas amontoadas, lavadas por águas correntes de um curso grandioso.
Vejo-a como muitos, observando-a como poucos, mostrando o que realmente se sente quando por ela se evoca e tudo se mostra num amontoado de curtas palavras e insuficientes adjectivos.
Evidenciam-se qualidades, apontam-se defeitos, exibindo o seu viver perante os séculos de história, mantendo vivas as estórias de espanto, de aventuras, de lendas e mitos e de tudo aquilo que a compôs e fez dela a grandiosa senhora que a todos conquistou respeito e admiração.
A arte moldou-se nela, refinou-se, dando lugar a obras, a uma cultura ímpar de máscaras e mistério, sabendo manter viva a fiel tradição de algo típico, pitoresco e muito seu.
A ocidente o mar dilata-se, parecendo engolir cada pigmento que a sua pele coleccionou desde sempre...
Finalmente, reparo no mundo que se foi formando por aí fora, tendo-a como modelo, como referência e ponto de partida para a conquista de novos territórios, de novas terras e justamente afirmo, que foi aqui que o universo eclodiu e lhe pediu para ser sua mãe.
Saciável !
No teu sangue alcanço o infinito, na tua alma, permito-me tocar-lhe...
Encontra-me pelo uivo arrepiante da sombria noite que já bem alto se encontra vestida e recheada de movimento. Nela te aguardo, esperando o gélido corpo da tua presença física, quando tombas como qualquer outra.
A imensidão do luar fascina-me e penetra-me o ego, como um doce aperitivo que de tanto agre, se torna num supérfluo e contagiante digestivo. Embriago-me de emoções, de tragos mais ou menos sedutores, mas completamente recheados de sabores esquizofrénicos de saber e malícia. Possuo-me, detenho-me e aguardo-te com uma paciência demoníaca, maquiavélica e agindo de uma forma felinamente cobarde e matreira.
O amor aproxima-se em oceanos de sangue, quase deixando que o prove e o consuma gota a gota, pedaço a pedaço, deglutindo de uma só vez, a carne tentadoramente condenada ao meu proveito. A paixão, assume contornos insanos, permitindo-nos vivê-la no limite, no extremo e ousando transpor o limite do racional. Oculto e dissimulado por entre vários ambientes, capturo-te como uma presa, segurando-te, prendendo-te e alienando-te como algo meu, soltando-te o possível, para que os meus movimentos te possam manipular e fazer-te parte de mim. Rasga-se a pele, sentindo-se os tecidos anatómicos sob formas de harmonia e prazer. Alimento-me de ti, sentindo os teus nutrientes calorosamente aninhados no meu corpo, como um complemento nutritivo que tanto preciso para me satisfazer.
Calmamente, consumo-te até ao fim, saboreando voluptuosamente e de um modo terrivelmente desumano. Frio, grotesco e cheio de desiquilíbrio, mas de uma forma única e completamente arrebatadora. Deixa-me que te ame como mais te desejo !
No teu sangue alcanço o infinito, na tua alma, permito-me tocar-lhe...
Encontra-me pelo uivo arrepiante da sombria noite que já bem alto se encontra vestida e recheada de movimento. Nela te aguardo, esperando o gélido corpo da tua presença física, quando tombas como qualquer outra.
A imensidão do luar fascina-me e penetra-me o ego, como um doce aperitivo que de tanto agre, se torna num supérfluo e contagiante digestivo. Embriago-me de emoções, de tragos mais ou menos sedutores, mas completamente recheados de sabores esquizofrénicos de saber e malícia. Possuo-me, detenho-me e aguardo-te com uma paciência demoníaca, maquiavélica e agindo de uma forma felinamente cobarde e matreira.
O amor aproxima-se em oceanos de sangue, quase deixando que o prove e o consuma gota a gota, pedaço a pedaço, deglutindo de uma só vez, a carne tentadoramente condenada ao meu proveito. A paixão, assume contornos insanos, permitindo-nos vivê-la no limite, no extremo e ousando transpor o limite do racional. Oculto e dissimulado por entre vários ambientes, capturo-te como uma presa, segurando-te, prendendo-te e alienando-te como algo meu, soltando-te o possível, para que os meus movimentos te possam manipular e fazer-te parte de mim. Rasga-se a pele, sentindo-se os tecidos anatómicos sob formas de harmonia e prazer. Alimento-me de ti, sentindo os teus nutrientes calorosamente aninhados no meu corpo, como um complemento nutritivo que tanto preciso para me satisfazer.
Calmamente, consumo-te até ao fim, saboreando voluptuosamente e de um modo terrivelmente desumano. Frio, grotesco e cheio de desiquilíbrio, mas de uma forma única e completamente arrebatadora. Deixa-me que te ame como mais te desejo !
quarta-feira, maio 10, 2006
Baile Veneziano !
Navego pelos canais venezianos de encontro à Ponte dos Suspiros. Formalmente mascarado de tabarro e capa de seda, vivo a noite de carnaval como mais um momento de trabalho e pesquisa.
Procuro o tal baile, onde ninguém se reconhece por detrás de tão enigmáticos disfarces. Vacilo nos gestos, na descontracção e apesar de escondido, não consigo assumir-me como um qualquer mascarado. Tudo isto é simbolismo, intensidade e sedução...
Sinto-me misterioso, como um cortesão que bem do alto da sua firmeza, observa as misérias humanas que estas máscaras ocultam. Finalmente, alcanço o final do meu trajecto. Junto-me á multidão para fazer parte de toda esta euforia colectiva, e acabo por ser engolido nesta enxurrada de histerismo e loucura. Aproxima-se um grupo de saltimbancos, com o intuito de varrer qualquer réstia de tristeza. Já em terra e deixando a gôndola que me trouxe, agarro na minha máquina e começo a fotografar tudo o que se move, tentando aprimorar qualquer detalhe que me escape no momento. Audacioso, sigo em direcção ao mistério que a todos envolve. Ninguém sabe quem se encontra diante de si. Em muitas destas figuras jokerianas, é praticamente impossível e totalmente imperceptível saber sequer o sexo de quem nos acompanha. Finalmente, alcançamos o nosso destino...
O baile situa-se numa espécie de mercado, onde todo o desfile se vai desembocar e desafunilar.
Perdido o encanto desta enxurrada, dedico-me a observar, a fotografar e a registar tudo o que me é possível. À minha volta, emergem mil vozes risonhas, coloridas, cálidas e em simultâneo com o brilho das fantasias garridas que a todos nos veste. Parece que o céu, é o único elemento sóbrio e tranquilo neste cenário de demência e perfeita loucura. Continuo a realizar a minha tarefa, tentando-me manter sereno e distante de todo este ambiente. No entanto, algo me perturba e interage comigo. Sinto um flash continuo, sempre atrapalhando e condicionando a minha visão. Baixo suavemente a objectiva da minha máquina e reparo a curta distância, numa máscara cujo brilho dos enfeites, parece vir ao meu encontro. Caem confettis sobre os nossos ombros e fixo cada vez mais o meu olhar sobre aquele vulto. É perceptível que se trata de uma mulher, cujo olhar de borboleta e corpo de cortesã, se movimentam eroticamente ao som da música ambiente que por todos é consumida.
Ergo novamente a máquina, com o intuito de captar todo aquele meio circundante. Tento obter a melhor posição para uma fotografia perfeita. Contudo, quando me preparo para disparar e ouvir o glorioso som do obturador, aquela figura desvanece-se, desaparece e consume-se no meio das gentes, não me dando qualquer chance de a apanhar. Quis segui-la, alcançá-la! Perdi-a no meio multidão... Era a personagem ideal e a imagem perfeita para o meu projecto. Olho em redor e nada mais vendo do meu agrado, ponho-me a caminho do hotel, prestes a tirar a minha máscara, com o desalento natural pela perda de algo que muito queria.
A noite muda, acompanha-me. Oiço apenas ruído de fundo, distante e ausente...
Num virar de esquina o luar adensa-se e sob as colunas de uma igreja, avisto-a diante de mim, como que perdida e vinda em meu encalço.
Ambos mascarados, oiço-a murmurar, até me pergunta perceptivelmente, se a desejo seguir. O meu coração palpita-me descompassado... Aceno-lhe ligeiramente, concordando com o seu pedido. Corremos pela neblina, distanciados pelos curtos metros que nos separam, cercando as colunas desta cidade lacustre e parecendo jogar o jogo do desejo. Perco-a, encontro-a e alcanço-a, perseguindo-a nesta espécie de labirinto. Finalmente vejo onde se alberga, mantendo-me imóvel e vendo-a subir por uma enorme escadaria. Diz-me para esperar e para subir apenas quando vir luz numa minúscula janela à minha direita. Aguardo impancientemente, mantendo a desconfiança natural naquela mulher que se cruzou comigo. O meu olhar, concentra-se no pequeno vitral, até que sigo disparado pelas escadas acima, quando o vejo brilhar. Percorro cuidadosamente o corredor, entrando calmamente, naquela divisão. A luz é morta, submissa e incrivelmente sedutora. Concentro-me mais nas paredes e decoração daquele quarto, do que propriamente na mulher que me levou até ali. Contudo e depois de consumir um pouco todo aquele espaço, deparo-me com ela numa enorme cama, mantendo a máscara e cobrindo os seios apenas com uma túnica semi-transparente. Nota-se que está nua, despida de pudores e parecendo desejar-me. Pede-me que a fotografe, que a capture através das minhas lentes, mas que evite a todo o custo, usurpar o seu corpo. Disparo vezes sem conta, mantendo o cuidado de não ousar em demasia e de nunca alcançar uma pele totalmente despida. Aproximo-me, afasto-me, curvo-me em diversos ângulos, tirando o tentando tirar o melhor partido possível de toda aquela sensualidade. Mantenho todo o meu profissionalismo, até que a sinto tocar-me nas pernas, desconcentrando-me e fazendo-me arrepiar. Desço a objectiva vagarosamente, sentindo-a a continuar a acariciar-me. Sinto-me desejado e deixo-me levar. Despe-me suavemente, baixando-me as suaves calças de cetim e mimando-me as coxas até aos joelhos. Ajudo, tirando a camisa e permitindo ficar completamente nu. Acaricia-me o sexo, tocando-lhe e percorrendo todas as minhas formas. Vou de encontro ao seu corpo, deitando-me a seu lado e com desejo de lhe tocar. Percorro-lhe as longas pernas, sentindo-lhe as ligas e num toque inesperado, a carne quente e palpitante. Apalpo-a e mergulho os meus dedos nesse canal de prazer atroz e apetecivel. Sinto-a suspirar perante o meu tacto, enquanto com os dentes lhe puxo a coberta que a conforta e lhe descubro os seios completamente entumecidos de desejo. Roçamos os nossos corpos ávidos de prazer e loucura, mantendo sempre a nossa identidade salvaguardada. Penetro-a com fervor, conseguindo um ritmo selvático que me enlouquece de desejo, com ela cooperante em todas as minhas acções. Sinto vontade de a virar, para a tomar pelas ancas, mas rapidamente sou surpreendido com um forte empurrão que me deixa prostrado de costas. Senta-se em cima de mim empurrando-o para o seu interior, balançando-se nele, sentindo prazer... Cada vez mais, parecemos engolidos para dentro destas máscaras, não sabendo afinal o que somos, o que fazemos, com quem estamos e o que desejamos. Finalmente, num movimento frenético e ousado das suas ancas, surge a explosão maior para ambos. Tudo se estilhaça num louco firmamento. Toda esta sinfonia desconcertante, converteu-se num lento, espasmódico e quase interminável orgasmo de sentimentos.
Exaustos, consumidos apenas pelo sabor da pele e mera proibição de carícias faciais, víamos a noite convertida num pontilhado de serpentinas luminosas. Reparo no fogo de artifício lá fora, rebentando e dando cor à noite veneziana, ficando soturnamente a observá-lo, como que hipnotizado perante tanta beleza. Tento chamá-la para vir comigo até ao varadim daquela janela, mas olhando para o lado, nada mais vejo que a máscara vazia daquele corpo que a usou. Retirou-se de um modo galopante e sorrateiro, deixando comigo a grata recordação de um momento inesquecível... Nunca mais a vi, mas comigo permanece ainda hoje aquela máscara cujo brilho dos enfeites, veio mesmo ao meu encontro.
Navego pelos canais venezianos de encontro à Ponte dos Suspiros. Formalmente mascarado de tabarro e capa de seda, vivo a noite de carnaval como mais um momento de trabalho e pesquisa.
Procuro o tal baile, onde ninguém se reconhece por detrás de tão enigmáticos disfarces. Vacilo nos gestos, na descontracção e apesar de escondido, não consigo assumir-me como um qualquer mascarado. Tudo isto é simbolismo, intensidade e sedução...
Sinto-me misterioso, como um cortesão que bem do alto da sua firmeza, observa as misérias humanas que estas máscaras ocultam. Finalmente, alcanço o final do meu trajecto. Junto-me á multidão para fazer parte de toda esta euforia colectiva, e acabo por ser engolido nesta enxurrada de histerismo e loucura. Aproxima-se um grupo de saltimbancos, com o intuito de varrer qualquer réstia de tristeza. Já em terra e deixando a gôndola que me trouxe, agarro na minha máquina e começo a fotografar tudo o que se move, tentando aprimorar qualquer detalhe que me escape no momento. Audacioso, sigo em direcção ao mistério que a todos envolve. Ninguém sabe quem se encontra diante de si. Em muitas destas figuras jokerianas, é praticamente impossível e totalmente imperceptível saber sequer o sexo de quem nos acompanha. Finalmente, alcançamos o nosso destino...
O baile situa-se numa espécie de mercado, onde todo o desfile se vai desembocar e desafunilar.
Perdido o encanto desta enxurrada, dedico-me a observar, a fotografar e a registar tudo o que me é possível. À minha volta, emergem mil vozes risonhas, coloridas, cálidas e em simultâneo com o brilho das fantasias garridas que a todos nos veste. Parece que o céu, é o único elemento sóbrio e tranquilo neste cenário de demência e perfeita loucura. Continuo a realizar a minha tarefa, tentando-me manter sereno e distante de todo este ambiente. No entanto, algo me perturba e interage comigo. Sinto um flash continuo, sempre atrapalhando e condicionando a minha visão. Baixo suavemente a objectiva da minha máquina e reparo a curta distância, numa máscara cujo brilho dos enfeites, parece vir ao meu encontro. Caem confettis sobre os nossos ombros e fixo cada vez mais o meu olhar sobre aquele vulto. É perceptível que se trata de uma mulher, cujo olhar de borboleta e corpo de cortesã, se movimentam eroticamente ao som da música ambiente que por todos é consumida.
Ergo novamente a máquina, com o intuito de captar todo aquele meio circundante. Tento obter a melhor posição para uma fotografia perfeita. Contudo, quando me preparo para disparar e ouvir o glorioso som do obturador, aquela figura desvanece-se, desaparece e consume-se no meio das gentes, não me dando qualquer chance de a apanhar. Quis segui-la, alcançá-la! Perdi-a no meio multidão... Era a personagem ideal e a imagem perfeita para o meu projecto. Olho em redor e nada mais vendo do meu agrado, ponho-me a caminho do hotel, prestes a tirar a minha máscara, com o desalento natural pela perda de algo que muito queria.
A noite muda, acompanha-me. Oiço apenas ruído de fundo, distante e ausente...
Num virar de esquina o luar adensa-se e sob as colunas de uma igreja, avisto-a diante de mim, como que perdida e vinda em meu encalço.
Ambos mascarados, oiço-a murmurar, até me pergunta perceptivelmente, se a desejo seguir. O meu coração palpita-me descompassado... Aceno-lhe ligeiramente, concordando com o seu pedido. Corremos pela neblina, distanciados pelos curtos metros que nos separam, cercando as colunas desta cidade lacustre e parecendo jogar o jogo do desejo. Perco-a, encontro-a e alcanço-a, perseguindo-a nesta espécie de labirinto. Finalmente vejo onde se alberga, mantendo-me imóvel e vendo-a subir por uma enorme escadaria. Diz-me para esperar e para subir apenas quando vir luz numa minúscula janela à minha direita. Aguardo impancientemente, mantendo a desconfiança natural naquela mulher que se cruzou comigo. O meu olhar, concentra-se no pequeno vitral, até que sigo disparado pelas escadas acima, quando o vejo brilhar. Percorro cuidadosamente o corredor, entrando calmamente, naquela divisão. A luz é morta, submissa e incrivelmente sedutora. Concentro-me mais nas paredes e decoração daquele quarto, do que propriamente na mulher que me levou até ali. Contudo e depois de consumir um pouco todo aquele espaço, deparo-me com ela numa enorme cama, mantendo a máscara e cobrindo os seios apenas com uma túnica semi-transparente. Nota-se que está nua, despida de pudores e parecendo desejar-me. Pede-me que a fotografe, que a capture através das minhas lentes, mas que evite a todo o custo, usurpar o seu corpo. Disparo vezes sem conta, mantendo o cuidado de não ousar em demasia e de nunca alcançar uma pele totalmente despida. Aproximo-me, afasto-me, curvo-me em diversos ângulos, tirando o tentando tirar o melhor partido possível de toda aquela sensualidade. Mantenho todo o meu profissionalismo, até que a sinto tocar-me nas pernas, desconcentrando-me e fazendo-me arrepiar. Desço a objectiva vagarosamente, sentindo-a a continuar a acariciar-me. Sinto-me desejado e deixo-me levar. Despe-me suavemente, baixando-me as suaves calças de cetim e mimando-me as coxas até aos joelhos. Ajudo, tirando a camisa e permitindo ficar completamente nu. Acaricia-me o sexo, tocando-lhe e percorrendo todas as minhas formas. Vou de encontro ao seu corpo, deitando-me a seu lado e com desejo de lhe tocar. Percorro-lhe as longas pernas, sentindo-lhe as ligas e num toque inesperado, a carne quente e palpitante. Apalpo-a e mergulho os meus dedos nesse canal de prazer atroz e apetecivel. Sinto-a suspirar perante o meu tacto, enquanto com os dentes lhe puxo a coberta que a conforta e lhe descubro os seios completamente entumecidos de desejo. Roçamos os nossos corpos ávidos de prazer e loucura, mantendo sempre a nossa identidade salvaguardada. Penetro-a com fervor, conseguindo um ritmo selvático que me enlouquece de desejo, com ela cooperante em todas as minhas acções. Sinto vontade de a virar, para a tomar pelas ancas, mas rapidamente sou surpreendido com um forte empurrão que me deixa prostrado de costas. Senta-se em cima de mim empurrando-o para o seu interior, balançando-se nele, sentindo prazer... Cada vez mais, parecemos engolidos para dentro destas máscaras, não sabendo afinal o que somos, o que fazemos, com quem estamos e o que desejamos. Finalmente, num movimento frenético e ousado das suas ancas, surge a explosão maior para ambos. Tudo se estilhaça num louco firmamento. Toda esta sinfonia desconcertante, converteu-se num lento, espasmódico e quase interminável orgasmo de sentimentos.
Exaustos, consumidos apenas pelo sabor da pele e mera proibição de carícias faciais, víamos a noite convertida num pontilhado de serpentinas luminosas. Reparo no fogo de artifício lá fora, rebentando e dando cor à noite veneziana, ficando soturnamente a observá-lo, como que hipnotizado perante tanta beleza. Tento chamá-la para vir comigo até ao varadim daquela janela, mas olhando para o lado, nada mais vejo que a máscara vazia daquele corpo que a usou. Retirou-se de um modo galopante e sorrateiro, deixando comigo a grata recordação de um momento inesquecível... Nunca mais a vi, mas comigo permanece ainda hoje aquela máscara cujo brilho dos enfeites, veio mesmo ao meu encontro.
sexta-feira, abril 28, 2006
Introspecção !
Sou o momento, a alma, o ser...
Momento que termina e me faz sofrer, desejando o próximo, como um slide de sensações e vivências. Sinto-me o tempo, a unidade do mesmo, o desejo e a vontade rastejantes de me esgueirar perante cenários de vida, como a serpente que habilmente se move e nos amedronta.
O viver pulsante dos pesadelos encontra-se comigo, assustando e prendendo a um solo de ardor e sofrimento, como as sombras que me acompanham e se desvanecem com a luz tórrida do meu corpo. Uma secreta promessa de partida, abrilhanta-me o olhar, ilumina-me o caminho e a árida travessia diante de mim, permitindo e deixando que o faça uma só vez no meu interior, no meu íntimo, no meu crer...
No sono da vida jaz o acordar da morte, sempre presente, sempre distante e onde a nossa comparência, assiduidade e presença se mantêm intactas e invulneráveis.
Sinto-me o momento, a alma, o ser que não deixa que se acabe em vão, buscando o prazer e o deleite da vida, sentindo cada vez mais o aliar da imortalidade e da esperança num viver muito para lá do corpo. Aqueles vagamente esquecidos, estarão comigo, encarnando-se em mim, penetrando-me e fazendo com que os seus espirítos viajem incessantemente no corpo que me dá forma, procurando enraizar-se num qualquer outro modelo que os faça fazer sentir vivos e inextinguíveis...
Como um correr apressado de águas turbilhantes, como um vento ensurdecedor de ameaça e revolta, sou o momento e o ser que se ergue do sono e procura no acordar a elevação espiritual que tanto necessita para alcançar a vida eterna.
Para lá de tudo... viverei !
Sou o momento, a alma, o ser...
Momento que termina e me faz sofrer, desejando o próximo, como um slide de sensações e vivências. Sinto-me o tempo, a unidade do mesmo, o desejo e a vontade rastejantes de me esgueirar perante cenários de vida, como a serpente que habilmente se move e nos amedronta.
O viver pulsante dos pesadelos encontra-se comigo, assustando e prendendo a um solo de ardor e sofrimento, como as sombras que me acompanham e se desvanecem com a luz tórrida do meu corpo. Uma secreta promessa de partida, abrilhanta-me o olhar, ilumina-me o caminho e a árida travessia diante de mim, permitindo e deixando que o faça uma só vez no meu interior, no meu íntimo, no meu crer...
No sono da vida jaz o acordar da morte, sempre presente, sempre distante e onde a nossa comparência, assiduidade e presença se mantêm intactas e invulneráveis.
Sinto-me o momento, a alma, o ser que não deixa que se acabe em vão, buscando o prazer e o deleite da vida, sentindo cada vez mais o aliar da imortalidade e da esperança num viver muito para lá do corpo. Aqueles vagamente esquecidos, estarão comigo, encarnando-se em mim, penetrando-me e fazendo com que os seus espirítos viajem incessantemente no corpo que me dá forma, procurando enraizar-se num qualquer outro modelo que os faça fazer sentir vivos e inextinguíveis...
Como um correr apressado de águas turbilhantes, como um vento ensurdecedor de ameaça e revolta, sou o momento e o ser que se ergue do sono e procura no acordar a elevação espiritual que tanto necessita para alcançar a vida eterna.
Para lá de tudo... viverei !
Luna !
Sangue sem reflexo sobre as águas do medo, cujos acontecimentos se afogam perante o líquido cristalino que se move, deambula e balbucia ao sabor do vento...
Cedo voluntariamente sem hesitar, por uma vida cruel, fria e demasiadamente viciada por métodos condenáveis e através de um génio temperamental plenamente concebido. Vivo no meu astro, com ele e por ele, mantendo-me unido e fiel a principios básicos de coerência e influências astrais.
Repouso no toque da carne, vivendo num casulo apertado de metamorfoses asfixiantes, neste mundo de falsas crenças e onde tudo se permite acontecer... ctg e por ti !
Pareces a semente da loucura, sinal de resistência perante um estado inato das fases que te vestem, moldam e nos influenciam diante de um tacto facilmente corrompido. Mostra-me como fazes, como me esmagas e me atrais até ti, fazendo-me um seguidor possuído pelo teu encantamento mágico de misticismo e loucura hipnotizante...
Feridas de luz por ti irradiadas em céus inimigos, realizando acções, dando-lhes vida, ganhando forma, permitindo que os seres se criem, se destruam, se movimentem e conquistem a erosão de um tempo sempre ausente, sempre presente, sempre audível, sempre sentido...
No teu gelo evaporo, no teu calor derreto, no teu suspiro me encanto, no teu ser me elevo.
Contigo desde a nascença, sempre... até ao fim !
Sangue sem reflexo sobre as águas do medo, cujos acontecimentos se afogam perante o líquido cristalino que se move, deambula e balbucia ao sabor do vento...
Cedo voluntariamente sem hesitar, por uma vida cruel, fria e demasiadamente viciada por métodos condenáveis e através de um génio temperamental plenamente concebido. Vivo no meu astro, com ele e por ele, mantendo-me unido e fiel a principios básicos de coerência e influências astrais.
Repouso no toque da carne, vivendo num casulo apertado de metamorfoses asfixiantes, neste mundo de falsas crenças e onde tudo se permite acontecer... ctg e por ti !
Pareces a semente da loucura, sinal de resistência perante um estado inato das fases que te vestem, moldam e nos influenciam diante de um tacto facilmente corrompido. Mostra-me como fazes, como me esmagas e me atrais até ti, fazendo-me um seguidor possuído pelo teu encantamento mágico de misticismo e loucura hipnotizante...
Feridas de luz por ti irradiadas em céus inimigos, realizando acções, dando-lhes vida, ganhando forma, permitindo que os seres se criem, se destruam, se movimentem e conquistem a erosão de um tempo sempre ausente, sempre presente, sempre audível, sempre sentido...
No teu gelo evaporo, no teu calor derreto, no teu suspiro me encanto, no teu ser me elevo.
Contigo desde a nascença, sempre... até ao fim !
terça-feira, março 21, 2006
Guerreiros !
Desafiando e partindo de encontro à tempestade, ainda com a tranquilidade do tempo, partamos sem receio ou temor do tenebroso caminho que se nos apresenta. Percorramos os mesmos sulcos de pedra e de obstáculos, por onde centenas de homens lado a lado, sentiram os ventos soprarem fortes e devastadores. Da mesma forma prosseguiram, resguardados pela fé e pela crença de um destino radioso, iluminado e tranquilizador.
Através do nevoeiro que nos engole, com armaduras vestidas de coragem e ousadia, procuremos alcançar o términus, e ver por que trilhos andaram estas gentes, estes conquistadores de um tempo actual, bem diferente das batalhas de outrora e que mesmo assim venceram, destruindo inimigos tantas vezes frágeis e apenas psicologicamente ameaçadores.
Na pluviosidade facial que nos inunda o corpo, na névoa que nos oculta as mãos, no terreno movediço que nos faz escorregar e tenta engolir, lutemos bravamente para sairmos vitoriosos, buscando o êxito e o galardão final, como a tão almejada recompensa que tanto nos irá preencher e atestar. Jamais nos entreguemos de ânimo leve ou nos rendamos apenas por um conjunto de impurezas, de uns quantos galhos espalhados diante de nós ou mesmo por uns mercenários de elite, que tantas vezes nos pisam e fazem de nós um degrau sujo mas conveniente para subir.
Manter-nos-emos fortes, audazes e esguios para fugir de obstáculos, nas batalhas ou barreiras finais que surgem incessantemente...
Seremos novamente guerreiros, regressados com um poderio maior e mais ameaçador, com espadas em riste, escudos de protecção cada vez mais pequenos mas resistentes, sem sangue por derramar ou carne disposta a ser trespassada de ânimo leve. Completemos o desafio, provocando o confronto com vencedores de outras direcções e permanecendo tranquilos em pódios muito próprios.
Regressados a casa, vencedores, aguardam-nos as honras pelos objectivos conseguidos. Façamos no brinde da vitória, a sentida homenagem e respeito a todos aqueles que perderam pelo caminho e que pelos mesmos propósitos, lutaram bravamente sem infelizmente, o conseguirem.
Orgulho sempre, pelo que somos, pelo que conseguimos, mantendo a humildade dos verdadeiros guerreiros, que nunca se entregam e olham para os menos fortes, com o mesmo respeito que sentimos por nós próprios...
Desafiando e partindo de encontro à tempestade, ainda com a tranquilidade do tempo, partamos sem receio ou temor do tenebroso caminho que se nos apresenta. Percorramos os mesmos sulcos de pedra e de obstáculos, por onde centenas de homens lado a lado, sentiram os ventos soprarem fortes e devastadores. Da mesma forma prosseguiram, resguardados pela fé e pela crença de um destino radioso, iluminado e tranquilizador.
Através do nevoeiro que nos engole, com armaduras vestidas de coragem e ousadia, procuremos alcançar o términus, e ver por que trilhos andaram estas gentes, estes conquistadores de um tempo actual, bem diferente das batalhas de outrora e que mesmo assim venceram, destruindo inimigos tantas vezes frágeis e apenas psicologicamente ameaçadores.
Na pluviosidade facial que nos inunda o corpo, na névoa que nos oculta as mãos, no terreno movediço que nos faz escorregar e tenta engolir, lutemos bravamente para sairmos vitoriosos, buscando o êxito e o galardão final, como a tão almejada recompensa que tanto nos irá preencher e atestar. Jamais nos entreguemos de ânimo leve ou nos rendamos apenas por um conjunto de impurezas, de uns quantos galhos espalhados diante de nós ou mesmo por uns mercenários de elite, que tantas vezes nos pisam e fazem de nós um degrau sujo mas conveniente para subir.
Manter-nos-emos fortes, audazes e esguios para fugir de obstáculos, nas batalhas ou barreiras finais que surgem incessantemente...
Seremos novamente guerreiros, regressados com um poderio maior e mais ameaçador, com espadas em riste, escudos de protecção cada vez mais pequenos mas resistentes, sem sangue por derramar ou carne disposta a ser trespassada de ânimo leve. Completemos o desafio, provocando o confronto com vencedores de outras direcções e permanecendo tranquilos em pódios muito próprios.
Regressados a casa, vencedores, aguardam-nos as honras pelos objectivos conseguidos. Façamos no brinde da vitória, a sentida homenagem e respeito a todos aqueles que perderam pelo caminho e que pelos mesmos propósitos, lutaram bravamente sem infelizmente, o conseguirem.
Orgulho sempre, pelo que somos, pelo que conseguimos, mantendo a humildade dos verdadeiros guerreiros, que nunca se entregam e olham para os menos fortes, com o mesmo respeito que sentimos por nós próprios...
terça-feira, março 14, 2006
Pazer súbito !
A ti te dispo, a ti te desejo, a ti te adoro...
Imagino-me em vastos e longínquos cenários, descobrindo e desvendando em cada um deles, novas formas de aventura, de excitação e de prazer. Recebo-te em cada cena, esperando-te e permitindo que os acontecimentos se desenrolem e nos envolvam, tomando parte de nós, possuíndo-nos e deixando que o prazer físico nos contenha.
Espero por ti, vejo-te chegar de olhar penetrante, andar apaixonado e seguindo na minha direcção. Recebo-te de braços abertos, de lábios quentes e derretidos, mantendo também eu, um olhar de expectactiva e de sofreguidão. Abraço-te, percorro-te cada forma do teu corpo, deixando-me levar e permitindo-me sentir, saciando a oportunidade que me é concedida.
O beijo aterrador e o toque lento mas directo, despem-me de preconceitos e deixam a nú, a minha frágil parte física que me reveste e dá forma. O silêncio a ambos consome, permitindo leves guinchos de som agudo e inarticulado. O suspiro e a excitação sobem de tom, mantendo viva a respiração ofegante, que os nossos corpos teimam em produzir. As vestes que nos cobrem caem por terra, deixando o odor corporal pairar pelo espaço e fazendo com que nos ambientemos cada vez mais a uma outra pele quente e aromatizada. O consumo a que nos propomos, é deveras carnal, selvagem e directo mas sempre contemplando um nível de ardente sedução e entrega, que em nada nos intimida, proibe ou envergonha. Fluímos energias, fluxos de poder e vigor. A firmeza em nós habita, permitindo que nos sintamos em condições de produzir actos de perfeita sintonia e desempenhando simplesmente, um papel secundário nesta forma de amar. O epílogo, nada mais é que uma castração incoerente da acção por nós encetada. Talvez seja o lento desejo por recomeçar, uma sensível intuição com traços de prazer ou blasfémia por um prazer sexual, tantas vezes incompreendido. Sintamo-lo apenas, vezes sem conta e recomeçando a cada novo momento... A mim me despes, a mim me desejas, a mim me adoras...
A ti te dispo, a ti te desejo, a ti te adoro...
Imagino-me em vastos e longínquos cenários, descobrindo e desvendando em cada um deles, novas formas de aventura, de excitação e de prazer. Recebo-te em cada cena, esperando-te e permitindo que os acontecimentos se desenrolem e nos envolvam, tomando parte de nós, possuíndo-nos e deixando que o prazer físico nos contenha.
Espero por ti, vejo-te chegar de olhar penetrante, andar apaixonado e seguindo na minha direcção. Recebo-te de braços abertos, de lábios quentes e derretidos, mantendo também eu, um olhar de expectactiva e de sofreguidão. Abraço-te, percorro-te cada forma do teu corpo, deixando-me levar e permitindo-me sentir, saciando a oportunidade que me é concedida.
O beijo aterrador e o toque lento mas directo, despem-me de preconceitos e deixam a nú, a minha frágil parte física que me reveste e dá forma. O silêncio a ambos consome, permitindo leves guinchos de som agudo e inarticulado. O suspiro e a excitação sobem de tom, mantendo viva a respiração ofegante, que os nossos corpos teimam em produzir. As vestes que nos cobrem caem por terra, deixando o odor corporal pairar pelo espaço e fazendo com que nos ambientemos cada vez mais a uma outra pele quente e aromatizada. O consumo a que nos propomos, é deveras carnal, selvagem e directo mas sempre contemplando um nível de ardente sedução e entrega, que em nada nos intimida, proibe ou envergonha. Fluímos energias, fluxos de poder e vigor. A firmeza em nós habita, permitindo que nos sintamos em condições de produzir actos de perfeita sintonia e desempenhando simplesmente, um papel secundário nesta forma de amar. O epílogo, nada mais é que uma castração incoerente da acção por nós encetada. Talvez seja o lento desejo por recomeçar, uma sensível intuição com traços de prazer ou blasfémia por um prazer sexual, tantas vezes incompreendido. Sintamo-lo apenas, vezes sem conta e recomeçando a cada novo momento... A mim me despes, a mim me desejas, a mim me adoras...
sexta-feira, março 10, 2006
Segredo Obscuro !
O Sol parece desintegrar-se como uma chama distante, contra os Céus...
Além da tenebrosa neblina que os reveste e disfarça, situa-se uma verdade encoberta.
Parece uma espécie de reino ainda por desvendar, cujos ocultos e eficazes poderes, amedrontam e fazem acautelar o comum dos mortais. Ainda é demasiado cedo, para que se ouse ir mais além.
Sentença designada, por uma força do desconhecido, a resposta não andará muito distante do nosso espírito, onde nos perguntamos incessantemente sobre o que estará naquele lugar, observando e registando apenas, pequenas circunstâncias deste lado visível.
Passados uma vez para lá do horizonte, selados no seu interior, intocáveis e seguros, encontraremos este segredo escondido, arrumado e inteiramente só. Naquela escuridão vadia e profunda, descobre-se a força, o domínio, a influência e um poder demasiado forte, para se poder controlar levianamente.
Os Céus parecem dividir-se e querer lançar sobre os astros, a ira, a raiva e o furor daquela poderosa e eficaz energia acumulada, aquando do chamamento. Os oprimidos e injustiçados, emergirão da poeira e da densa névoa que nos limita o olhar, trazendo partes do segredo e desse poder, acopladas em si... Os injustos e opressores, acomodar-se-ão no fútil e no vago, permanecendo em silêncio e alojados em recônditas celas de escuridão e desprezo.
Talvez não passem de cobaias ou de seres vitimizados por algo sobrenatural, mas gozam de um estado e de um estatuto, ainda indecifrável numa vida humanamente existente.
Em breve, o saberemos...
O Sol parece desintegrar-se como uma chama distante, contra os Céus...
Além da tenebrosa neblina que os reveste e disfarça, situa-se uma verdade encoberta.
Parece uma espécie de reino ainda por desvendar, cujos ocultos e eficazes poderes, amedrontam e fazem acautelar o comum dos mortais. Ainda é demasiado cedo, para que se ouse ir mais além.
Sentença designada, por uma força do desconhecido, a resposta não andará muito distante do nosso espírito, onde nos perguntamos incessantemente sobre o que estará naquele lugar, observando e registando apenas, pequenas circunstâncias deste lado visível.
Passados uma vez para lá do horizonte, selados no seu interior, intocáveis e seguros, encontraremos este segredo escondido, arrumado e inteiramente só. Naquela escuridão vadia e profunda, descobre-se a força, o domínio, a influência e um poder demasiado forte, para se poder controlar levianamente.
Os Céus parecem dividir-se e querer lançar sobre os astros, a ira, a raiva e o furor daquela poderosa e eficaz energia acumulada, aquando do chamamento. Os oprimidos e injustiçados, emergirão da poeira e da densa névoa que nos limita o olhar, trazendo partes do segredo e desse poder, acopladas em si... Os injustos e opressores, acomodar-se-ão no fútil e no vago, permanecendo em silêncio e alojados em recônditas celas de escuridão e desprezo.
Talvez não passem de cobaias ou de seres vitimizados por algo sobrenatural, mas gozam de um estado e de um estatuto, ainda indecifrável numa vida humanamente existente.
Em breve, o saberemos...
quinta-feira, março 09, 2006
Coma !
Vê através do vazio, a visão da tua existência e diz-me no que reparas e onde fixas o olhar. Talvez um sonho, em que acreditas estar a vida que não consegues ver, ou algo que exista e não o consigas ser...
Acordarás, mas não para um sonho... Talvez, para uma fantástica aparição ou aproximação do real que tanto começas a acreditar e a alienar, como um sentimento efectivo semelhante à dor, cuja sombra te acompanha de feição. Não acreditas que te aprisionas, que te sentes irreal, que sofres de um sono demasiadamente pesado que não termina e te faz balançar entre o abismo desconhecido e um precipício descoberto.
Não domines o olhar da tua mente, quando simplesmente essa mesma visão parece ser uma peça chave de outros tempos, acontecimentos ou criações muito próprias e ambíguas. Receia e debate tudo o que sonhas, já que essa mesma ilusão, se poderá encontrar vedada por ti.
A visão que observaste, esse olhar pela mente e pela consciência, acabará inevitavelmente por ser um lado escuro que nunca quiseste ou desejaste e com ele, lentamente te destróis e te deixas arrastar. Contudo, a principal razão de entrares neste sonho, é simplesmente demonstrar-te o que nunca imaginaste poder viver, sentindo a fúria da demência e o poder do sono profundo.
Estarás a salvo enquanto visionares! Reterás internamente o segredo do que viveste, mantendo a experiência sentida nesse túnel de luz, selada bem próximo do teu princípio espiritual.
Lentamente, aprende a despertar desta embriaguês física e teleporta-te novamente para o teu mundo, onde a actividade cerebral volta a registar os contornos de uma vida real. Acorda !
Vê através do vazio, a visão da tua existência e diz-me no que reparas e onde fixas o olhar. Talvez um sonho, em que acreditas estar a vida que não consegues ver, ou algo que exista e não o consigas ser...
Acordarás, mas não para um sonho... Talvez, para uma fantástica aparição ou aproximação do real que tanto começas a acreditar e a alienar, como um sentimento efectivo semelhante à dor, cuja sombra te acompanha de feição. Não acreditas que te aprisionas, que te sentes irreal, que sofres de um sono demasiadamente pesado que não termina e te faz balançar entre o abismo desconhecido e um precipício descoberto.
Não domines o olhar da tua mente, quando simplesmente essa mesma visão parece ser uma peça chave de outros tempos, acontecimentos ou criações muito próprias e ambíguas. Receia e debate tudo o que sonhas, já que essa mesma ilusão, se poderá encontrar vedada por ti.
A visão que observaste, esse olhar pela mente e pela consciência, acabará inevitavelmente por ser um lado escuro que nunca quiseste ou desejaste e com ele, lentamente te destróis e te deixas arrastar. Contudo, a principal razão de entrares neste sonho, é simplesmente demonstrar-te o que nunca imaginaste poder viver, sentindo a fúria da demência e o poder do sono profundo.
Estarás a salvo enquanto visionares! Reterás internamente o segredo do que viveste, mantendo a experiência sentida nesse túnel de luz, selada bem próximo do teu princípio espiritual.
Lentamente, aprende a despertar desta embriaguês física e teleporta-te novamente para o teu mundo, onde a actividade cerebral volta a registar os contornos de uma vida real. Acorda !
terça-feira, março 07, 2006
Sensibilidade.
Parece um crime levar todos os tesouros e fortuna que reuni ao longo dos tempos. Apesar das correntes e do loquete que se perpetuam no meu peito, jamais serei capaz de as quebrar, simplesmente com o intuito de retirar do meu interior tudo o que de mais valioso mantenho.
Ainda que viva em mim uma hipnotizante mancha de reflexão, cuja coloração me confunde e desnorteia, o simples facto dela existir no meu íntimo, faz com que se derreta e se extinga num dourado extraordinário e extremamente precioso.
É a doce futilidade do amor, esse travo amargo que nos é cravado pelo tempo e nos faz tornar nuns estranhos seres, surpreendidos pelo sentimento de afeição e veneração, misturando factos emocionais de atracção e paixão...
Cada lágrima vertida em cada parte do rosto, parece secar no desespero e na dor aquando da perda, da privação, do extravio ou interrupção dessa disposição afectiva a que muito condignamente, apelidamos de amor. Parecemos viver o suficiente, ter a necessária experiência para conviver com as razões, motivos ou argumentos que nos levam a quebrar a singela corda, que sempre nos pareceu tão resistente, sólida e duradoura. Sente-se o fim bem próximo, quase selamos um pacto com a morte, julgando ser apenas ela a nos conseguir trazer as doces e felizes memórias, de um passado demasiado envolvente... Vivem-se horrores assombrosos, parecendo drenar toda força e respiração ofegante que em nós habita e aos poucos se dissipa...
Nada nos resta, nada nos vale... Apenas reside em cada um de nós, a cinza e a poeira, suavemente lavadas por uma qualquer gota de água que ocasionalmente nos pincela e nos extingue. Libertemos o sangue que dói, fere e importuna, mantendo sempre bem vivo e protegido, o coração que nos permite sentir e viver.
Parece um crime levar todos os tesouros e fortuna que reuni ao longo dos tempos. Apesar das correntes e do loquete que se perpetuam no meu peito, jamais serei capaz de as quebrar, simplesmente com o intuito de retirar do meu interior tudo o que de mais valioso mantenho.
Ainda que viva em mim uma hipnotizante mancha de reflexão, cuja coloração me confunde e desnorteia, o simples facto dela existir no meu íntimo, faz com que se derreta e se extinga num dourado extraordinário e extremamente precioso.
É a doce futilidade do amor, esse travo amargo que nos é cravado pelo tempo e nos faz tornar nuns estranhos seres, surpreendidos pelo sentimento de afeição e veneração, misturando factos emocionais de atracção e paixão...
Cada lágrima vertida em cada parte do rosto, parece secar no desespero e na dor aquando da perda, da privação, do extravio ou interrupção dessa disposição afectiva a que muito condignamente, apelidamos de amor. Parecemos viver o suficiente, ter a necessária experiência para conviver com as razões, motivos ou argumentos que nos levam a quebrar a singela corda, que sempre nos pareceu tão resistente, sólida e duradoura. Sente-se o fim bem próximo, quase selamos um pacto com a morte, julgando ser apenas ela a nos conseguir trazer as doces e felizes memórias, de um passado demasiado envolvente... Vivem-se horrores assombrosos, parecendo drenar toda força e respiração ofegante que em nós habita e aos poucos se dissipa...
Nada nos resta, nada nos vale... Apenas reside em cada um de nós, a cinza e a poeira, suavemente lavadas por uma qualquer gota de água que ocasionalmente nos pincela e nos extingue. Libertemos o sangue que dói, fere e importuna, mantendo sempre bem vivo e protegido, o coração que nos permite sentir e viver.
Contusões...
Será que nunca foste ter com o mundo lá fora, receando o que te espera?
Sinto o mundo demasiado perigoso para te ver sozinha e abandonada por aí... Creio ser e poder ter o crédito necessário para não te deixar desamparada, nem á mercê das intempéries que por aí se povoam, aguardando-nos sedentas dos nossos corpos miseráveis e esguios.
Ambos sabemos que nem tudo é resposta, nem tudo são questões ou dúvidas, devido ao medo e à raiva que se aproxima num largo passo e nos faz culpar por vezes, as próprias vicissitudes dos acontecimentos. A quem magoamos nós, já sangrando em abundância pelas batalhas mal conseguidas?
Também me pergunto, porque será que o mundo exterior e diante de nós é negro e perigoso, contrastando com as nossas paredes cada vez mais pequenas e sufocantes?
Passo a passo, diariamente, creio não conseguir viver só, nem te deixar fazê-lo.
Olhos perversos, visões espantosas... Sacode as lágrimas, acende um sorriso! Acorda!
Pareces pronta para ir lá fora, respirar a vida, sentir a carne, tocar a pele e deixar que o sangue se verta dentro de ti. Que este viver escondido se interrompa, agora que pareces conseguir um pacto secreto com o teu ser... Paremos de lamentar, sacudamos o choro compulsivo que nos derrubou e nos fez parecer engolidos pela frieza dos dias. A quem magoaremos agora?
Será que nunca foste ter com o mundo lá fora, receando o que te espera?
Sinto o mundo demasiado perigoso para te ver sozinha e abandonada por aí... Creio ser e poder ter o crédito necessário para não te deixar desamparada, nem á mercê das intempéries que por aí se povoam, aguardando-nos sedentas dos nossos corpos miseráveis e esguios.
Ambos sabemos que nem tudo é resposta, nem tudo são questões ou dúvidas, devido ao medo e à raiva que se aproxima num largo passo e nos faz culpar por vezes, as próprias vicissitudes dos acontecimentos. A quem magoamos nós, já sangrando em abundância pelas batalhas mal conseguidas?
Também me pergunto, porque será que o mundo exterior e diante de nós é negro e perigoso, contrastando com as nossas paredes cada vez mais pequenas e sufocantes?
Passo a passo, diariamente, creio não conseguir viver só, nem te deixar fazê-lo.
Olhos perversos, visões espantosas... Sacode as lágrimas, acende um sorriso! Acorda!
Pareces pronta para ir lá fora, respirar a vida, sentir a carne, tocar a pele e deixar que o sangue se verta dentro de ti. Que este viver escondido se interrompa, agora que pareces conseguir um pacto secreto com o teu ser... Paremos de lamentar, sacudamos o choro compulsivo que nos derrubou e nos fez parecer engolidos pela frieza dos dias. A quem magoaremos agora?
segunda-feira, março 06, 2006
Justiça !
Sinto-me cansado...
Talvez dos múltiplos disfarces que visto, tentando através deles apurar a verdade. Contudo, realizo-me e mantenho o compromisso de honra que mantenho diante das minhas mãos ensanguentadas, por nelas mergulhar a mentira, a injúria, a demência e o embuste.
Arrasto-me e rastejo na busca de permissas reais, na exactidão, rigor e precisão de actos meramente correctos, numa glória vã de descobrir o certo e o errado, o correcto e o incorrecto, o exacto e o impreciso... Crescem-me o medo e o receio das respostas por virem, das soluções que julgo serem escrupulosas, decentes e de padrões morais acessíveis.
Grito, rezo e alimento a minha tensão, numa tentativa proporcional de alienar o tempo, aos resultados das análises pedidas. Sinto-me a criança que apressadamente, aguarda pelo seu brinquedo, que se sente arrastar na escuridão, que se diverte na espera e nela vai criando e antevendo ambientes, como que a montar um conjunto de peças, para finalmente o completar com um último bloco. Mantém-se o medo e o pavor dos momentos de vazio, de uma espécie de precipício ou abismo diante de nós, em que um passo nos salva e nos suspira ou nos mata e compromete. Que longa espera...
O tempo assemelha-se a um vento que nos sopra, mostrando-nos o destino, esse poder superior à vontade do homem, que se supõe fixar de maneira irrevogável, o curso dos acontecimentos.
Olho-me como que reflectido por um espelho, vendo lá fora um mundo inteiro por fazer parte, tendo apenas a decisão em mente e um vidro baço que me separa da vida real...
Acordo a cada manhã em sobressalto, até ao dia da decisão...
Sinto-me cansado...
Talvez dos múltiplos disfarces que visto, tentando através deles apurar a verdade. Contudo, realizo-me e mantenho o compromisso de honra que mantenho diante das minhas mãos ensanguentadas, por nelas mergulhar a mentira, a injúria, a demência e o embuste.
Arrasto-me e rastejo na busca de permissas reais, na exactidão, rigor e precisão de actos meramente correctos, numa glória vã de descobrir o certo e o errado, o correcto e o incorrecto, o exacto e o impreciso... Crescem-me o medo e o receio das respostas por virem, das soluções que julgo serem escrupulosas, decentes e de padrões morais acessíveis.
Grito, rezo e alimento a minha tensão, numa tentativa proporcional de alienar o tempo, aos resultados das análises pedidas. Sinto-me a criança que apressadamente, aguarda pelo seu brinquedo, que se sente arrastar na escuridão, que se diverte na espera e nela vai criando e antevendo ambientes, como que a montar um conjunto de peças, para finalmente o completar com um último bloco. Mantém-se o medo e o pavor dos momentos de vazio, de uma espécie de precipício ou abismo diante de nós, em que um passo nos salva e nos suspira ou nos mata e compromete. Que longa espera...
O tempo assemelha-se a um vento que nos sopra, mostrando-nos o destino, esse poder superior à vontade do homem, que se supõe fixar de maneira irrevogável, o curso dos acontecimentos.
Olho-me como que reflectido por um espelho, vendo lá fora um mundo inteiro por fazer parte, tendo apenas a decisão em mente e um vidro baço que me separa da vida real...
Acordo a cada manhã em sobressalto, até ao dia da decisão...
terça-feira, fevereiro 14, 2006
Posses !
Não poderei ser amante, sentindo-me como que assexuado e preso a uma corda de amor...
Dificilmente viverei sem ti de uma forma ou de outra, admitindo que jamais serei ou conseguirei ser o que és, o que somos e o que sou a teu lado. Nem acabamos por descortinar um desfecho, uma solução final ou um epílogo directo, mantendo em ambos a viva esperança, de encetarmos o tratamento para esta contaminação que aos poucos nos consome e destrói.
Não posso ser os teus sinais, viver os teus ímpetos, sentir os teus impulsos nem tão pouco ser esse teu gelo que se acumula e amontoa, formando um icebergue de frieza e ríspidez, onde gostaria de adornar essas orlas e extremidades que tanto nos perturbam... Poderia ser o teu apocalipse e viver cada uma das nossas insignificantes vidas em ti, em mim próprio, tendo nele o bater de exterminação, ruína e perda total. Jamais serei como tu e nem mesmo esse ser abominável e hediondo que tanto pareço ser e a algo se assemelha, se conseguirá convencer ou transformar num amor distractivo que se atreve a tocar os limites da demência. Nunca serei a tua absolvição, ou o trajecto na cadência do teu consumo.
Não consigo...
Não poderei ser amante, sentindo-me como que assexuado e preso a uma corda de amor...
Dificilmente viverei sem ti de uma forma ou de outra, admitindo que jamais serei ou conseguirei ser o que és, o que somos e o que sou a teu lado. Nem acabamos por descortinar um desfecho, uma solução final ou um epílogo directo, mantendo em ambos a viva esperança, de encetarmos o tratamento para esta contaminação que aos poucos nos consome e destrói.
Não posso ser os teus sinais, viver os teus ímpetos, sentir os teus impulsos nem tão pouco ser esse teu gelo que se acumula e amontoa, formando um icebergue de frieza e ríspidez, onde gostaria de adornar essas orlas e extremidades que tanto nos perturbam... Poderia ser o teu apocalipse e viver cada uma das nossas insignificantes vidas em ti, em mim próprio, tendo nele o bater de exterminação, ruína e perda total. Jamais serei como tu e nem mesmo esse ser abominável e hediondo que tanto pareço ser e a algo se assemelha, se conseguirá convencer ou transformar num amor distractivo que se atreve a tocar os limites da demência. Nunca serei a tua absolvição, ou o trajecto na cadência do teu consumo.
Não consigo...
quinta-feira, janeiro 12, 2006
Trilhos !
Trajectos difíceis quando os percorremos sós, doendo e ferindo sempre mais, quando nos dilaceram os sonhos imaginados e sentidos por uma vida de espinhos e farpas cortantes...
Em cada novo porto de abrigo sentimos novas intempéries, onde parámos para buscar uma paz interior, que nos fortaleça o íntimo e nos faça seguir em frente. Deixando as perturbações que nos assolam e atormentam, outras se nos deparam, como uma real guerra que nos quebra o espirito e se nos crava como parasitas em busca de hospedeiro.
No lado de fora das portas da vida, dir-te-ei onde acabarás, bastando que apertes a mão de quem ta estender e sigas o caminho e o rumo certos, cujo percurso é teu e jamais terá fim.
Esse será o teu lugar, onde serás tu e o teu refúgio, onde te sentirás livre, em casa e onde desejarás estar...
O trilho é arduo e longo, cada passo é um começo, sem pausas ou paragens. Apenas barreiras nos prendem a consciência e apesar desta constante perseguição, não creio que ninguém saia vencedor. É um rumo intenso, demorado e intransitável, duro como um inferno de fogo, mas é nele que habito e sobrevivo. Que na primeira gota de sangue por mim derramada, seja o começo do meu trajecto, onde dia e noite luto para me manter vivo e viver a vida, sobrevivendo!
Cristais !
Começa com um sentimento puro, esta vitral segunda visão.
Sem alucinar ou imaginar, capto o meu futuro nesta roda da fortuna que se desvenda diante de mim. Parecem honras ou hostilidades abertas, apenas destinadas a loucos e insanos.
Através deste vidro visível, viajo e deambulo, controlando uma máquina perfeita de imaginação, realismo e demasiada crença. Será que tudo isto, terá o condão de acontecer, ou manter-me-ei na expectativa de nada se realizar e tudo ser negado ?
Realisticamente, a necessidade de me agarrar a modelos gastos, leva-me a mais uma experiência, sendo esta apenas mais uma em que acredito e em que julgo poder trazer-me uma vida mais brilhante. Adivinha de horrores, excepcional por vezes, através de detalhes quase sempre revisitados, sinto-a alinhada com o prisma da morte, como um olho de cristal, onde somos vistos como seres débeis e estáticos, mantendo-nos hipnotizados no seu interior.
Antes do "grande acordar", o erro persegue-nos, como que a contar segundo após segundo, um despertar mais intenso para a realidade que nos atormenta. Nada deverá acontecer ou se algo por acaso se suceder como uma matéria coincidente, nunca te porei em causa, como uma fraude que sejas ou um objecto de mero uso decorativo!
Começa com um sentimento puro, esta vitral segunda visão.
Sem alucinar ou imaginar, capto o meu futuro nesta roda da fortuna que se desvenda diante de mim. Parecem honras ou hostilidades abertas, apenas destinadas a loucos e insanos.
Através deste vidro visível, viajo e deambulo, controlando uma máquina perfeita de imaginação, realismo e demasiada crença. Será que tudo isto, terá o condão de acontecer, ou manter-me-ei na expectativa de nada se realizar e tudo ser negado ?
Realisticamente, a necessidade de me agarrar a modelos gastos, leva-me a mais uma experiência, sendo esta apenas mais uma em que acredito e em que julgo poder trazer-me uma vida mais brilhante. Adivinha de horrores, excepcional por vezes, através de detalhes quase sempre revisitados, sinto-a alinhada com o prisma da morte, como um olho de cristal, onde somos vistos como seres débeis e estáticos, mantendo-nos hipnotizados no seu interior.
Antes do "grande acordar", o erro persegue-nos, como que a contar segundo após segundo, um despertar mais intenso para a realidade que nos atormenta. Nada deverá acontecer ou se algo por acaso se suceder como uma matéria coincidente, nunca te porei em causa, como uma fraude que sejas ou um objecto de mero uso decorativo!
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